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Editorial

coluna

Publicado: 19/04/2019 às 06h30min

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Por que a violência cresceu em Rondônia?

Tudo indica que Rondônia precisa de pulso firme para garantir a governança e estabelecer a segurança e a ordem pública

Na mesma semana que Rondônia recebeu o ministro ícone do combate à corrupção no país, a notícia de que o estado figurou como o mais violento do Brasil neste primeiro trimestre do ano, mostra que o problema por aqui vai além do controle da máquina pública. Tudo indica que Rondônia precisa de pulso firme para garantir a governança e estabelecer a segurança e a ordem pública.

Em resposta ao G1, a Sesdec (Secretaria de Estado da Segurança Pública) considerou que o crescimento de 3,9% na violência no estado foi por falta dos dados de março que não teriam entrado na conta. Explicou, mas não justificou. Rondônia ficou no topo do ranking nacional de violência considerando os números de assassinatos violentos em proporção ao tamanho da população.

Outros dados poderiam ter entrado na justificativa, como exemplo, a longa paralisação dos agentes penitenciários e a intervenção militar no sistema prisional. Esse acontecimento foi desastroso para início de governo já que a greve durou quase o trimestre inteiro. Nesse período, foram tantas fugas nos presídios da capital e do interior, que deixou a população apavorada e abismada com tantas facilidades de escapar, como nunca foi visto. É preciso analisar mais tecnicamente para saber se as fugas e a volta de dezenas de marginais às ruas teve reflexo no crescimento da violência.

Que fenômeno é esse que fez Rondônia superar, em proporção, estados como São Paulo, Rio e Ceará que sempre estiveram no topo do ranking da violência? Se não foram as fugas e a longa greve dos penitenciários, ou mesmo a falta de dados de março (como alegou a Sesdec), o certo é que algo não vai bem por aqui e precisa de imediata providencia.

Talvez o foco em promover leis e projetos contra a corrupção tenha tomado tempo das autoridades. Tempo que faltou para planejar ações de segurança pública que possam dar ao cidadão rondoniense a garantia de andar sem medo e sem pavor. Que haja rápida criação de um gabinete de crise para replanejar a segurança pública no estado e colocar em ação um plano contra a violência.

 


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