Porto Velho/RO, 22 Março 2024 03:12:51
RONDÔNIA

Porto Velho completa hoje aniversário de 104 anos

Foi no dia 24 de janeiro de 1915 que o município de Porto Velho foi instalado oficialmente.

Por Redação Diário da Amazônia e A.I.
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Publicado: 24/01/2019 às 12h19min | Atualizado 24/01/2019 às 12h22min

A área territorial de Porto Velho estendia-se do rio Madeira até Santo Antônio (Foto: Roni Carvalho – Diário da Amazônia)

O município de Porto Velho comemora hoje os seus 104 anos de instalação com um shows musicais que acontecem no Mercado Cultural. Com grande potencial de desenvolvimento, o município tem uma localização estratégica, possui recursos naturais abundantes, possibilidade de um manejo sustentável da floresta, de mineração sustentável e capacidade enorme de organização da população urbana para que possa se tornar sustentável, inclusive exportar a sua produção para outras áreas.

Foi no dia 24 de janeiro de 1915 que o município de Porto Velho foi instalado oficialmente. Na época, sua área territorial estendia-se do rio Madeira até Santo Antônio. A localidade pertencia ao Amazonas e, a partir de Santo Antônio, pertencia ao Mato Grosso. Seu primeiro superintendente (cargo equivalente ao de prefeito) foi o Major Fernando Guapindaia de Souza Brejense.

A área territorial de Porto Velho estendia-se do rio Madeira até Santo Antônio. Jônatas de Freitas Pedrosa era governador do Amazonas e o médico Pedro de Alcântara Bacelar, o então prefeito de Humaitá, a quem Porto Velho estava politicamente ligada.

A cidade de Porto Velho permaneceu como município amazonense até 1943, quando foi criado o Território Federal do Guaporé, com partes de áreas amazonenses pertencentes aos estados de Mato Grosso e Amazonas. No ano seguinte, houve um reordenamento territorial. E em 1956 a mudança do nome que passou a ser Território Federal de Rondônia, em homenagem ao desbravador Cândido Mariano da Silva Rondon.

Getúlio Vargas, presidente do Brasil, em 13 de setembro de 1943 assina o decreto-lei 5.812 e em 24 de novembro, no Rio de Janeiro, então capital federal, Aluízio Ferreira é empossado como o primeiro governador do Território. Mas somente em 24 de janeiro de 1944 é que o coronel Aluízio Pinheiro Ferreira assume o governo e instala o Território, em ato solene na Escola Barão do Solimões e Porto Velho de fato passa a ser capital do Território.

A capital rondoniense está localizada na parte oeste da Região Norte do Brasil, na área abrangida pela Amazônia Ocidental no Planalto Sul-Amazônico, uma das parcelas do Planalto Central Brasileiro.

Madeira é o principal rio que banha o município

Por estar na Bacia do Rio Amazonas a cidade tem o Madeira como o principal rio que banha o município, vindo do sul da Bolívia.

Hidrovia

Os principais rios do município são: o Madeira (principal braço direito do rio Amazonas): banha Porto Velho, possui grande quantidade de ouro em seu leito e até pouco tempo, na época da vazante, abrigava 30 mil garimpeiros. Seu curso é dividido em dois níveis: Alto Madeira, trecho das cachoeiras e corredeiras, e o Baixo Madeira. Dois lagos se destacam pela sua importância biológica: Lago do Cuniã, com 104 mil hectares, na reserva biológica de Cuniã, e Lago Belmont, no rio Madeira. O rio tem pesca abundante, destacando-se os seguintes peixes: piraíba, jaú, dourado, caparari, surubim, pirara, piramutaba, tambaqui, tucunaré, jatuarana, pacu, pirapitinga, curimatá, a piranha preta e o terrível candiru.

Afluente

Rio Abunã (afluente da margem direita do rio Madeira): faz a delimitação da fronteira entre Brasil e Bolívia, banha o distrito de Fortaleza do Abunã e nasce no Acre. Rio Mutum-Paraná. Rio Jaci-Paraná. Rio Candeias. Rio Ji-Paraná (“Rio Machado”). (ALICE THOMAS E ANA KÉSIA)

Acir destinou 134 milhões para obras na Capital

Senador Acir Gurgacz critica falta de planejamento de Porto Velho e aponta a união dos políticos em torno de um projeto para o desenvolvimento da cidade

O senador Acir Gurgacz (PDT) comemora os 104 anos de Porto Velho destacando a história de lutas da cidade e os investimentos que destinou para a capital de Rondônia como senador da República: foram mais de R$ 134 milhões nos últimos nove anos. “Tenho priorizado Porto Velho com a destinação de recursos do Orçamento da União, através de minhas emendas, por ser a capital de todos os rondonienses e porque precisamos somar forças para resolver os graves problemas estruturais que a cidade possui”, disse Acir.

Foto: Divulgação – Diário da Amazônia

O senador destacou a destinação de recursos para obras como a construção do Laboratório Central (Lacen), que está em fase de conclusão – uma obra que custou R$ 2,5 milhões; a escola de tempo integral Lydia Jonhson – que custou R$ 6 milhões; a construção do Centro de Iniciação ao Esporte – que terá um custo de R$ 3,7 milhões; a aquisição de equipamentos hospitalares para hospitais e postos de saúde, no valor de R$ 5 milhões; além de recursos para pavimentação de ruas, a reabertura da BR-319 e a recuperação das rodovias que dão acesso à capital, como as BRs 364 e 425.

Além dos recursos destinados para obras em Porto Velho, o senador destacou sua atuação parlamentar para projetos de desenvolvimento da cidade, como o que atualiza o valor dos royalties pagos pelas usinas do Madeira e o que repassa parte do ICMS da geração de energia produzida na cidade para o Estado e para o município. “A cidade e o Estado ainda não souberam aproveitar o ciclo da energia, iniciado com a construção das usinas do Madeira. Agora somos exportadores de energia e precisamos deixar em Porto Velho parte dessa riqueza. Chega de apenas explorar os recursos da cidade e não devolver nada para a população. Os porto-velhenses, os políticos e todos os rondonienses precisam se unir em torno dessas bandeiras”, frisou Acir.

O senador destacou que Porto Velho é resultado de diversos ciclos econômicos e sociais que marcaram sua história, e marcam até hoje sua cultura e sua gente. Os ciclos econômicos da borracha, do ouro, da madeira e o da energia surgiram de forma abrupta, sem tempo para planejamento ideal da cidade, e se foram sem deixar uma base sólida para a sustentação econômica da comunidade local. “Precisamos aproveitar o ciclo da energia para criar uma agroindústria forte em todo o Estado, mas, sobretudo, para que Porto Velho seja o grande polo de escoamento da região Norte do país”, salienta Gurgacz.

O senador defende um novo modelo de desenvolvimento para Porto Velho, que não dependa mais de nenhum ciclo econômico, mas que se sustente com o uso sustentável dos recursos naturais, com planejamento, com a força de trabalho e a criatividade dos rondonienses.

Apesar da crise, Acir acredita que Porto Velho tem condições de se consolidar como uma cidade sustentável, desde que sejam concluídas as obras estruturantes, como os viadutos da travessia urbana na BR-364, as obras de saneamento e esgotamento sanitário, o Contorno Norte – a chamada rodovia Expresso Porto que vai conectar a BR-364 à BR-319, passando pela ponte do rio Madeira, a pavimentação da BR-319 entre outras obras. “Não podemos deixar que a onda cíclica da ‘cultura de garimpo’ se repita. Já avançamos um bom caminho deste ciclo energético e as evidências apontam para a ausência de planejamento e a falta de uma gestão eficiente que dê conta de executar um plano ideal para nossa capital”, criticou.



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