Porto Velho/RO, 26 Março 2024 07:56:06

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 09/06/2020 às 08h47min

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Porto Velho, não fez o dever de casa no tocante ao controle da pandemia do coronavirus

Acusação injusta A imagem do Brasil no exterior já era deplorável antes da pandemia. Com ela, o país foi empurrado ao epicentro da..

Acusação injusta

A imagem do Brasil no exterior já era deplorável antes da pandemia. Com ela, o país foi empurrado ao epicentro da doença e a piora no desmatamento faz o que era ruim virar péssimo. Lá fora, o país é tido como ameaça ao futuro da humanidade. Isso é também fruto de desinformação, mas o agravamento do quadro decorre de um acúmulo de erros, inclusive da incapacidade do Ministério das Relações Exteriores de mostrar ao mundo que o Brasil não é um inferno de doença, fogo e destruição.

É preciso provar que não há prevaricação quanto à fiscalização e cumprimento das leis e que os criminosos são combatidos com rigor. Sem isso, a imagem já deprimente tende a piorar ainda mais. Ao contrário de vários ministérios conduzidos por arrogantes boquirrotos, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem ótimo preparo para a função e não merece a dupla e ofensiva pecha de “senhora desmatamento” e “musa do veneno”, que lhe foi dada no fim de maio pelo jornal francês Le Monde.

A ministra correu o mundo deixando claro que o pandemônio ambiental não interessa aos produtores rurais. Sabe que é loucura maltratar clientes, principalmente os bons. Hostilizar a China e o Oriente Médio, por exemplo, significa matar as galinhas dos ovos de ouro. Tereza Cristina, portanto, é acusada injustamente por maluquices alheias. Que não se deixe abater pela pecha injusta e continue a prestar bons serviços ao Brasil.

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Dever de casa

Porto Velho, como se sabe, não fez o dever de casa no tocante ao controle da pandemia do coronavirus. Não apertou quando devia apertar, não fiscalizou com rigor quando deveria fiscalizar e a população não colaborou com o chamado distanciamento social. O resultado foi uma tragédia e uma superpopulação de defuntos no cemitério de Santo Antônio, cujos coveiros foram obrigados a abrir dezenas de novas covas emergenciais.

Em lockdow

Com toda desgraceira ocorrendo, desde a falta de sintonia entre as autoridades sanitárias municipais e estaduais a falta de leitos preparados para receber tantos infectados a desobediência do distanciamento social, a situação da pandemia do coronavirus se agravou e numa cidade onde o consenso é raro, veio o lockdow  meia boca  que teve correção de rumos ainda no final de semana para tentar resolver a coisa. Aonde se faz festa em bairro onde famílias choram por seus entes queridos  e sabe-se lá se o bloqueio até o final de semana dará certo.

Parceria infernal

Não bastasse, em Rondônia temos uma parceria infernal para aumentar a população de almas em seus cemitérios. A coronavirus se propaga e a dengue voltou com tudo e suas ocorrências aumentando no dia a dia. Não podemos sequer sonhar que Porto Velho se transforme numa Florianópolis onde a competência das autoridades sanitárias e a colaboração da população ajudou a combater a peste, mas um pouco de competência e unidade já ajudariam em Rondônia.

Baita injeção 

Com os aeroportos parados há pelo menos dois meses, os aeródromos continuam recebendo injeção de recursos – de muitos recursos – em vários estados. O Brasil não é um País que sabe determinar prioridades, já que os voos estavam paralisados, toda a dinheirama em vez de ir para o bolso dos empreiteiros e dos políticos, deveria ter sido usada em hospitais de campanha e equipamentos para conter a coronavirus. É coisa de louco!

Sem clima

Com centenas de eleitores acabando sob sete palmos do Condomínio Tonhão, estamos sem clima de eleição em Porto Velho. Mesmo porque alguns candidatos a vereança ou parentes também morreram e para lá- sete palmo sob a terra – foram destinados. Mas o calendário eleitoral  2020 segue  e não foram  alteradas nem as datas das convenções municipais marcadas para julho e início de agosto. Em julho será marcada a nova data da eleição que seria em outubro.

Via Direta

***Com a economia em baixa por causa da pandemia e as restrições impostas pelas autoridades a mobilidade urbana na capital o chororô dos comerciantes em Porto Velho é grande *** Mas a situação dos ambulantes é bem pior. Temos um clima de desolação por causa da retirada dos camelôs na região do centro histórico *** Queixas a parte, pela primeira vez é cumprido o código de posturas da capital que proíbe a comercialização de objetos pelas calçadas prejudicando a caminhada dos transeuntes *** O nível do Rio Madeira em Rondônia segue em queda livre. O mesmo acontecendo com seus principais afluentes *** Ungido dos Expeditos, Thiago Tesari segue como favorito para ser  o candidato a vice do prefeito Hildon Chaves no pleito do final do ano *** O ex-presidente da Emdur já se desincompatibilizou para a peleja. 

 


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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