Porto Velho/RO, 20 Março 2024 10:51:03

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 29/03/2020 às 07h55min

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Porto Velho padece com as fezes pululando nas ruas e avenidas

…E até quando? É de conhecimento até do migrante mais recente, que o município de Porto Velho com seus mais de 20 distritos..

…E até quando?

É de conhecimento até do migrante mais recente, que o município de Porto Velho com seus mais de 20 distritos –alguns distantes 350 quilômetros – padece de infraestrutura, a começar com o abastecimento de água – só metade da população conta com água encanada – e com esgoto sanitário cujos índices de coleta são inferiores a 5 por cento dos seus quase 600 mil habitantes. Temos necessidades gritantes como o combate as alagações na estação as chuvas,  debatidas nas campanhas eleitorais e rapidamente esquecidas pelos políticos que se elegem.

Como um cartão postal às avessas, a atual rodoviária chegou até ser iniciada na administração do prefeito Roberto Sobrinho (PT) mas detonada por problemas de documentação na área escolhida, onde se encontra o antigo logradouro. A classe comercial, especialmente a hoteleira cobra um centro de convenções, os esportistas um novo estádio  já que o sexagenário Aluízio Ferreira ficou ultrapassado.

Com as fezes pululando nas ruas e avenidas da capital, a cidade padecendo com os piores índices das capitais em termos saneamento básico, a cidade de Porto Velho se assemelha a uma Dallas estadunidense na  região do Centro Cívico, com as majestosas sedes da Assembleia Legislativa, governo do estado e seus suntuosos tribunais e, ao mesmo tempo uma terceira mundista Bengala africana em tantos bairros desprovidos de atenção dos poderes públicos. E pergunta-se até quando vai perdurar esta situação?

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O pesadelo

Quando passar o pesadelo da Covid-19, o mundo já não será mais o mesmo. Poderá ser pior, já que as estimativas otimistas quanto à superação, já visível na China, são também acompanhadas de estimativas muito pessimistas: enquanto o medo e a concentração de esforços sobre a doença avançam, as piores expectativas para a Amazônia são de mais desmatamento, problemas para os povos da floresta e menos respeito à lei.

Baita desafio

Poderá e será melhor, de qualquer maneira, porque o desprezo à ciência cultivado pelos negacionistas e a perseguição aos cientistas movida pelos fanáticos se dissolvem como neve ao sol diante das ações de pesquisadores na busca incessante, coletiva e global por soluções adequadas ao enfrentamento das doenças antigas e novas. A humanidade em peso torce para que num amanhã bem próximo a ciência vença mais este desafio e os cientistas anunciem a cura para essa atemorizante enfermidade. 

O isolamento

A flexibilização das restrições ao colonavirus em Porto Velho acabou de vez com o isolamento tão preconizado pelo Ministério da Saúde, que voltou atrás em algumas de suas  determinações para se alinhar as exigências do presidente Bolsonaro. Em vários segmentos, o comércio voltou a funcionar. E não tem como controlar a população no quesito distância, por exemplo. Mais ajustes poderão surgir contrariando a ciência e obedecendo a linha política do Planalto.

A biodiversidade

Preservar a biodiversidade amazônica é um imperativo, sobretudo considerando que há muitas pesquisas em andamento em busca de fármacos eficazes. É o caso exemplar de estudos com plantas regionais como a pimenta-de-macaco e a vassourinha, de grande potencial em diversos usos industriais, inclusive na recuperação de áreas poluídas, como sinaliza a Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Amazonas.

Eleições 2020

No bico do corvo e com elevadas taxas de rejeição os atuais prefeitos e vereadores nutrem a maior esperança a prorrogação de mandatos até 2022 para coincidir com as eleições gerais. Não gastariam nadica de nada para  se manter nos poleiros e ainda ganhariam mais dois anos de mandato – muitos sem merecer a continuidade – para seguir suas rapinagens tão pouco fiscalizadas pela ex- Controladoria Geral da União que diga-se de passagem já foi mais rigorosa no controle dos gastos. 

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Via Direta

*** Com a queda na arrecadação por conta do Coronavirus, graças a suspensão do pagamento da dívida do Beron em torno de R$ 17 milhões mensais que o governo de Rondônia estará em condições de seguir pagando em dia seus servidores *** Em alguns municípios do estado muitas famílias resolveram se abrigar na zona rural por conta da pandemia *** A queda na distribuição do Fundo de Participação dos Municípios –FPM será uma das primeiras consequências do recuo da arrecadação do ICMS em Rondônia *** Trata-se do mais tributo das municipalidades já tão desfalcadas pela crise acarretada pela pandemia *** As agências da Caixa Econômica Federal lotaram de mutuários solicitando a postergação do pagamento das parcelas  dos financiamentos *** A instituição bancária autoriza até duas parcelas adiadas para serem cobradas ao final dos financiamentos dos imóveis adquiridos.   

 


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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