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Diário da Amazônia

Porto, Velho Porto – histórias da cidade onde nasci e vivo

Nesta edição damos continuidade as histórias que fazem parte do livro de minha autoria, que está prontinho para ser publicado,..

Por Silvio Santos Diário da Amazônia
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Publicado: 20/03/2019 às 17h37min

Nesta edição damos continuidade as histórias que fazem parte do livro de minha autoria, que está prontinho para ser publicado, “PORTO, VELHO PORTO – HISTÓRIA DA CIDADE ONDE NASCI E VIVO”.

São histórias que pesquisei em publicações de vários autores que se preocuparam com a nossa história como Esron Menezes, Amizael Silva, Abnael Machado de Lima, Yedda Bozarcov, Manoel Rodrigues, Hugo Ferreira e em especial do meu amigo professor Francisco Matias, porém, a maioria das histórias relatam fatos vividos por mim, já que apesar de ter nascido no Distrito de São Carlos, vivi minha infância, adolescência e vivo até hoje, em Porto Velho. Muitas das histórias que os amigos tomarão conhecimento a partir de hoje, são exclusivas, pois foram vividas por mim, como é o caso do “Trem da Feira” e muitas outras. Infelizmente pelas normas acadêmicas, meu livro não pode ser considerado como de História, porém, as histórias nele contidas, posso garantir, (a maioria. foram vividas por mim) e as demais, são fruto de dias e dias de pesquisas.

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O ALAMBRADO DA RUA DIVISÓRIA

As pendengas entre o superintendente Guapindaia e a administração da Madeira Mamoré fizeram com que a Câmara Municipal aprovasse uma lei autorizando Guapindaia a dar nome às ruas. Entre as denominações uma passou se chamar Avenida Divisória (hoje é a Presidente Dutra). Para deixar bem claro, que os territórios obedeciam às leis impostas por seus administradores, os ferroviários construíram um alambrado dividindo as terras da Madeira Mamoré das do Município.

As outras ruas, segundo escreve Amizael em “No Rastro dos Pioneiros”, foram a Sete de Setembro, Barão do Rio Branco, Floriano Peixoto e Pedro II.

Acontece que muito antes, a população de Porto Velho concentrava-se no espaço que hoje fica entre o Cine Teatro Resk e a Rua Prudente de Moraes, local que ficou conhecido como a Rua da Palha (hoje Natanael de Albuquerque).

Dona Labibe Bartolo que veio de Manaus para Porto Velho com apenas três anos de idade em 1912, conta o seguinte: “A primeira rua que foi feita aqui, foi à Rua da Palha que era onde hoje é a Natanael de Albuquerque. Minha mãe tinha comercio lá”. Dona Labibe lembra que foi aluna da dona Develinda filha do Superintendente Guapindaia e que a Rua da Palha era repleta de comerciantes “principalmente vendedores de bugigangas”.

Já o capitão Esron Penha de Menezes lembra que a Rua da Palha abrigava tudo quanto era tipo de comércio, inclusive as casas de mulheres (prostitutas) de vida fácil. Esron também cita que a Barão do Rio Branco era conhecida como ‘Rua dos Portugueses’. “Ali na esquina da Presidente Dutra com a Sete de Setembro pelo lado do Cine Brasil (entre a Presidente Dutra e a José de Alencar lado esquerdo centro bairro), funcionou primeiro, o comercio de um espanhol conhecido como Maeta, depois foi que foi o Café Central do João Barril (Jangada Surf), local que se transformou no ponto de encontro da cidade. Na outra esquina onde fica a loja Guitar Music também funcionou um Café, era o Café Pilão aonde também funcionava o “Cinema do Pilão”, depois foi a Padaria do Raposo, funerária Raposo e a primeira Caderneta de Poupança com agência em Porto Velho a “Continental”.

Na Rua da Palha também tinha o Cine Teatro “Fênix” construído todo de madeira e coberto de zinco, com palco para encenação de peças teatrais e para a orquestra, piano que acompanhava a cenas dos filmes mudos, um bar e um salão de jogo de bacará. Era o único centro de diversão do povo e o paraíso dos malandros e desocupados.
A primeira casa de Adobe (tijolo cru) foi construída onde mais tarde funcionou a Padaria do Resk e hoje é a “D Calçados” na Sete de Setembro.

A rua Sete de Setembro nasceu com o nome de rua do Comércio. Esron lembra que por ali (Rua do Comércio) concentravam-se os Círios e os Libaneses que todo mundo costumava chamar de “Os Turcos”. Tudo isso ficava no lado pertencente à municipalidade. Pra baixo da Linha Divisória ficavam as casas administradas pela Madeira Mamoré.

 



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