Porto Velho quatro vezes mais verde

O município de Porto Velho aderiu nesta semana ao Cities4forests (Cidades4Florestas), um movimento mundial para tornar os centros urbanos mais verdes. As cidades mais importantes do mundo integram essa rede que busca dar mais equilíbrio ao ambiente urbano, ocupando espaços ociosos em ilhas verdes que tanto beneficiam os humanos e o planeta.

A adesão da nossa capital é importante porque estamos na Amazônia e os visitantes esperam chegam a Porto Velho e encontrar uma cidade arborizada. Melhor ainda para quem vive aqui e convive com um calor terrível. Enquanto as grandes cidades preservam suas áreas verdes e até recuperam áreas que estavam ocupadas por concretos e pavimentos, a realidade local e regional é diferente com pouco verde e pouca sombra. Acompanhando essa tendência de espaços verdes na cidade favorecerá até mesmo para outras fontes de desenvolvimento.

Porto Velho e as demais cidades de Rondônia ainda sofrem os impactos da cultura desenvolvimentista da era da colonização, onde desmatar, derrubar, e eliminar o verde era benefício e benfeitoria. Como estamos numa região tropical, a temperatura é elevada por natureza e, sem sombras e sem plantas para reter parte desse calor, acabamos por viver numa sauna urbana, sem sombras e sem ventos frescos.

As chamadas ilhas verdes urbanas são os bosques, praças e demais logradouros florestados ou reflorestados que servem para o embelezamento da paisagem e trazem vantagens ao ambiente coletivo. Cidades verdes são importantes porque as florestas buscam combater as mudanças climáticas, protegem as bacias hidrográficas e a biodiversidade e melhoram o bem-estar humano.

Os bosques são espaços para o lazer, para a prática desportiva (saúde e bem estar), para integração e interação social, e ainda trazem de volta os pássaros com seus cantos harmônicos e outras vidas da fauna. Os espaços verdes também ajudam a combater as mudanças climáticas e protegem a biodiversidade global. Especificamente, as árvores dentro das cidades (as florestas internas) limpam o ar, compensam as ilhas de calor (diminuindo as contas de energia elétrica), e  promovem lugares bons para se freqüentar.

A preocupação com o clima e com as fontes de recursos hídricos é o principal motivador dos gestores das grandes e medias cidades que estão à frente ou aderindo ao projeto Cities4Forests. Viver bem é o desejo de todos e deve começar com os pequenos hábitos como preservar, não quebrar as mudas plantadas, saber fazer as podas, escolher as especiais mais adequadas a cada tipo de espaço e curtir o que as ilhas verdes (grandes ou pequenas) podem oferecer.