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Diário da Amazônia

Prato Cheio mantém 1,5 mil refeições

O fluxo maior no restaurante popular ocorre no horário das 12h às 14h30.

Por Assessoria
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Publicado: 04/10/2015 às 05h10min

Grupo de idosos almoçando no Restaurante Prato Cheio

Grupo de idosos almoçando no Restaurante Prato Cheio

Na véspera do feriado dos 101 anos de Porto Velho, o Restaurante Prato Cheio, no bairro Tancredo Neves, na zona leste, lotou novamente. A catraca começou a funcionar às 11h25. Cinco minutos depois, já se formava a primeira fila rumo ao bufê.
Escondidinho de frango, arroz, feijão, macarrão e salada de couve com laranja formaram o cardápio, ao custo de apenas R$ 1. Assistentes sociais e cuidadoras da Casa do Ancião São Vicente de Paulo levaram um grupo de idosos para conhecer o restaurante.

O fluxo maior de pessoas ocorre entre 12h e 14h30, informou um dos supervisores, Helder Paulo. Segundo ele, a fila cresce para o lado da rua José Amador dos Reis. Na sexta, a venda de tíquetes demora aproximadamente uma hora; nos outros dias da semana, de uma a uma hora e meia.

Segundo a nutricionista da Seas, Cleusa Firmino, 1.393 calorias em cada refeição atendem ao Programa de Alimentação do Trabalhador, do Governo Federal.

Desde a inauguração, em 21 de agosto, o restaurante serve 1,5 mil refeições todo dia. As pessoas chegam à bilheteria a partir de 6h40 e, às 8h de sexta-feira já esgotam os tíquetes.

A gestão do Restaurante Prato Cheio é de uma empresa particular contratada pelo Estado, sob a supervisão da Seas e da Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional, para servir 33 mil refeições mensais.

IDOSOS

Eles olharam algumas vezes para as paredes envidraçadas e se acomodaram, auxiliados por assistentes sociais e cuidadoras. Lado a lado na mesa, Luiz Paládio Matias, 62 anos, Lázaro Bacelar, 65 Paládio Alexandre, 78, João Batista, 76, Valdemiro Rodrigues, 70, almoçaram bem.

Pouca conversa no ambiente movimentado. Valdemiro contou que nasceu na Serra da Meruoca (CE) e foi seringueiro no Acre. Mineiro de Conselheiro Lafayete, Paládio, disse ter chegado a Rondônia em 1983.

João Batista, com chapéu novo que ganhou da assistente social Dejanira Maria Silva, sorriu ao ouvi-la contar que na tarde de quarta-feira (30) eles assistiram “Hotel Transilvânia 2”, filme de comédia e fantasia exibido pelo Cine Veneza. Dejanira fala da quietude de Bacelar: “É porque agora ele está concentrado na mesa, mas lá na Casa do Ancião ele conta algumas histórias de jacarés do Lago do Cuniã, onde nasceu e viveu muito tempo”, disse.

Levantamento mostra perfil de frequentadores

Análise prévia da frequência diária indicou à Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social (Seas) o perfil dos frequentadores: trabalhadores do comércio, operários da construção civil e famílias em geral. “Idosos e portadores de necessidades perfazem 20%”, informou o supervisor Helder Paulo.

Moradora no Jardim Santana, a dona de casa Sueli Moura Mendonça de Oliveira leva diariamente os filhos Stéfano Gabriel, 9, e Gabriela Letícia, 7.

Segundo ela, o restaurante facilitou-lhe principalmente “o lado financeiro”, porque a única renda familiar é obtida pelo marido, carpinteiro – menos de R$ 1 mil por mês.

Ao meio-dia, o pequeno estacionamento lateral e a fila interna revelam quem busca alimento de qualidade a custo baixíssimo. São trabalhadores vindos em bicicletas e motos, do bairro Tancredo Neves e dos bairros vizinhos.

 



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