O custo da energia elétrica no País pode estar iniciando um “ciclo com viés de baixa” nas tarifas. Foi o que disse na sexta-feira o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em visita à sede de Furnas Centrais Elétricas, no Rio de Janeiro. Ele apontou que novas medidas, como a redução da bandeira vermelha, que cai para R$ 4,50 a partir de setembro, podem ser tomadas em outubro e novembro, caso as projeções para o período úmido sejam favoráveis.
“A rampa de descida da tarifa parece algo bastante robusto”, afirmou Braga, completando que “estamos a cada dia tendo mais eólicas, térmicas e hidráulicas em um custo diferenciado do que estávamos usando”.
O ministro lembrou que as usinas térmicas, mais caras, estão dando lugar a unidades com menor custo no abastecimento.
A entrada das usinas hidroelétricas Teles Pires e Belo Monte no sistema, até os primeiros meses do ano que vem, e a chegada de novas máquinas às usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Porto Velho, devem contribuir para reduzir o custo de geração de energia. Outros fatores são a safra da biomassa e o período favorável do vento para as eólicas.
“Da mesma forma que tivemos coragem de fazer o realismo tarifário, puxando para cima, no início do ano, temos que fazer o ajuste para baixo, quando os custos puxam para baixo. E vamos fazer”, afirmou.
Braga informou que a redução será gradual. “Tudo está planejado para que tenhamos uma escadinha ao contrário, uma descida da tarifa degrau a degrau, com responsabilidade, com segurança e de forma conservadora. Ninguém quer precipitar”, acentuou.