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Diário da Amazônia

Prefeitura de Ji-Paraná cede imóvel para cooperativa

Cedência será pelo prazo de cinco anos prorrogável pelo mesmo período.

Por J. Nogueira
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Publicado: 15/05/2019 às 11h04min

O prefeito de Ji-Paraná, Marcito Pinto (PDT) assinou na última semana a Cessão de Uso do prédio localizado na rua Clovis Arrais do bairro Casa Preta, 1º distrito do município para a Cooperativa Extrativista de Castanhas (Coocasin). A cedência será de cinco anos prorrogável pelo mesmo período, em caso de acordo entre o poder público e a instituição. A cooperativa foi fundada há pouco mais de um ano e atende quatro etnias, sendo que na indústria são 25 indígenas trabalhando, segundo o presidente João Paulo.

Cooperativa foi fundada há pouco mais de um ano e atende quatro etnias, sendo que na indústria 25 são indígenas. – Foto: Divulgação

O prédio cedido para a Coocasin estava em desuso há muito tempo com o mato tomando conta dentro e fora do imóvel, rede elétrica danificada, portas e banheiros. Moradores da região reclamavam que o local era frequentado por usuários de drogas e casais para prática de sexo. Informação da reportagem é que a única secretaria a usar o prédio foi a de Assistência Social (Semas), no período em que o endereço próprio passou por reformas.

O presidente João Paulo, que também é indígena da Etnia Cinta Larga, disse que a aprovação da cedência pelo Poder Legislativo (Câmara Municipal) foi uma grande conquista. Segundo ele, o objetivo é que a Coocasin possa ampliar a produção de castanha nativa no novo endereço, que proporcionará melhores condições de trabalho para todos. “Estamos com 25 indígenas trabalhando e abrangendo quatro etnias, mas o nosso objetivo é ampliar ainda mais a nossa produção”, declarou.

De acordo com a Lei autorizativa pelo Legislativo, toda a reforma, manutenção e despesa com água, luz, telefone será de responsabilidade da instituição. Outro ponto citado no documento é que qualquer mudança estrutural, caso necessário, terá que ter a aprovação da municipalidade através de seus engenheiros.

João Paulo explicou ainda que além dos 25 indígenas, outras 25 famílias das etnias citadas, também cooperam com a Coocasin. O trabalho com a Castanha Nativa, começa justamente nas aldeias, transportadas para Ji-Paraná, onde passa por secagem e limpeza, autoclave (choque térmico para soltar a casca mais facilmente), quebra manual, classificação, forno, desidratação e embalagem. Toda a produção é vendida para uma indústria de alimentos de Curitiba (Paraná). O quilo do produto atualmente é comercializado entre R$ 30 e 40.00, e a produção atual chega aos quatro mil quilos. “Nossa expectativa é chegar aos 10 mil quilos mês, muito em breve”, disse otimista o presidente. Sobre a mudança para o novo endereço, João Paulo disse que deve acontecer em 30 dias. “Quero agradecer ao prefeito e aos vereadores por esta importante ação para a nossa Coocasin”, concluiu.



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