Porto Velho/RO, 20 Março 2024 18:29:58

Prejuízos com os “gatos”

Uma decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tomada na terça-feira ficou estabelecido que o custo dos “gatos” feitos..

A- A+

Publicado: 13/11/2014 às 11h50min | Atualizado 19/04/2015 às 18h14min

Uma decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tomada na terça-feira ficou estabelecido que o custo dos “gatos” feitos no sistema elétrico deixa de ser pago pelos consumidores de todo país e se torna um ônus de cada distribuidora. Um levantamento preliminar da agência mostrou que entre 2015 e 2018, nove empresas de distribuição de energia elétrica terão suas receitas reduzidas em um total de R$ 161 milhões por ano em decorrência dessa medida.
Os números mostram que apesar de toda a campanha das empresas no combate ao furto de energia, milhares de brasileiros continuam praticando o “gato”. Apenas no ano passado, segundo a Aneel, foram repassados R$ 3,8 bilhões para o sistema isolado. Ocorre, que parte desse dinheiro estava cobrindo também os gastos que essas empresas têm com a chamada “perda” de energia.

Essa perda ocorre, principalmente, quando há furto de energia, “gatos”. O roubo de eletricidade deve ser coibido por cada uma das empresas de distribuição.
A decisão tomada na última terça-feira também afeta distribuidoras de energia em Rondônia. A empresa tem um prejuízo imenso com o furto de energia – inclusive com a prisão de pessoas. O furto de energia é crime e pode render pena de mais de 2 anos. Um levantamento preliminar da Annel mostra que o custo de gatos deve girar em torno de R$ 644,8 milhões. A conta pode aumentar se for levado em consideração o consumo irregular de energia elétricas em invasões. Em Porto Velho, por exemplo, existem mais de 6 invasões onde residem algo em torno de 3 mil famílias. Todo o consumo irregular de energia tem reflexo na conta de energia do consumidor que paga em dia o que consumiu.

A falta de planejamento por parte do poder público e ausência na fiscalização contribui para o avanço do furto da energia, principalmente nas capitais da região Norte. Transferir a dívida às distribuidoras de energia por conta do “gatos” talvez não seja a solução. Essa medida pode apresentar resultado contrário e incentivar a prática de novas invasões.



Deixe o seu comentário