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PLANTÃO DE POLÍCIA

Presos de Altamira são mortos dentro durante transferência

Quatro participantes da briga entre facções foram encontrados mortos com sinais de enforcamento.

Por G1 PA
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Publicado: 31/07/2019 às 09h41min

Transferência de presos: suspeitos de liderar massacre vão para outros presídios (Maycon Nunes/Agência Pará/Reprodução)

Quatro participantes da briga entre facções, que resultou no massacre do presídio de Altamira, foram mortos durante o transporte para Belém, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). Com isso, o número de mortos no confronto chega a 62.

Os novos crimes ocorreram entre os municípios de Novo Repartimento e Marabá na noite de terça-feira (30). Os presos eram levados algemados dentro de um caminhão, divido em duas celas. Os corpos foram encontrados na manhã desta quarta (31) com sinais de sufocamento.

De acordo com a Segup, os mortos seriam de uma mesma facção e ocupavam a mesma cela na casa penal. Os outros 26 presos que estavam no veículo e que seriam levados para a capital estão em isolamento.

O caminhão tem quatro celas e a capacidade para até 40 preso – no momento dos crimes, 30 eram transportados. O Estado informou que não possui caminhão com celas individuais.

Massacre no presídio
Um confronto entre facções criminosas dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, sudoeste estado, causou a morte de 58 detentos. Na segunda-feira (29), líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio.

Após as mortes, o governo do estado determinou a transferência imediata de dez presos para o regime federal. Outros 36 seriam redistribuídos pelos presídios paraenses.

Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 311 custodiados, mas a capacidade máxima é de 200 internos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, dos 311 presos, 145 ainda aguardavam julgamento.

Massacre no presídio de Altamira — Foto: Arte/G1

 



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