Os produtores de leite que estão mobilizados para não entregar o produto aos laticínios, contestam o Programa Proleite do governo estadual. Alegam que da forma que é conduzido beneficia apenas as empresas de laticínios. Querem ação que possa garantir preço único no estado e regularidade no pagamento. Para os produtores, o governo deveria criar meios de melhorar a qualidade do leite e aumentar o volume de produção, com auxilio direto aos produtores.
A mobilização iniciou no último dia 15. A organização estima que 40% da produção não está sendo entregue aos laticínios. “Eles (laticínios) não têm o estoque que alegam e terão que negociar”, afirmou o organizador Rui Barbosa de Souza. Os produtores querem R$ 1,45 por litro, enquanto que o preço pago pelas empresas está em torno de R$ 0,60 a R$ 1,10.
Durante a semana, produtores chegaram a fazer piquetes em estradas rurais para impedir o acesso de caminhões leiteiros que fazem as coletas. A organização garante que a mobilização é pacifica, mas não abrem mão da garantia de preço justo.
No município de Cujubim, o protesto dos produtores foi a distribuição de leite para a comunidade. O leite que seria fornecido para os laticinios, eles coletaram e distribuíram gratuitamente.
A Secretaria de Estado da Agricultura informou através da assessoria que, o Programa Proleite oferece diversos benefícios que chegam até o produtor, ajudando na melhoria da produção. Inclui o transporte de calcário para o produtor, microcrédito pelo Banco do Povo para aquisição de animais de boa genética, fecundação in vitro para melhoria do plantel, assistência técnica específica, e Usina de Nitrogênio para conservação de embriões. “Tudo beneficia diretamente o produtor”, explicou Avenilson Trindade, coordenador do Desenvolvimento Agropecuário (CDAP), da Seagri.