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Diário da Amazônia

Produtores rurais da agricultura familiar expõem seus produtos

A feira é idealizada pela Emater-RO.

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Publicado: 30/09/2019 às 17h13min

Dona Luzinete garante que os produtos não contém agrotóxicos e chegam fresquinhos para o consumidor

Dona Luzinete garante que os produtos não contém agrotóxicos e chegam fresquinhos para o consumidor

Legumes, verduras, frutas, bolos, pães, ovos e até farofa pronta são atrativos que enchem os olhos dos fregueses já assíduos da feira que acontece todas as quartas-feiras, no final da tarde, à margem da avenida Imigrantes sentido Rio Madeira, em frente ao escritório regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO) da Capital. A feira é composta por 75 famílias da agricultura familiar de várias comunidades ribeirinhas, além de linhas ao longo das rodovias 364 e 319 e de Candeias do Jamari.

Há dois meses a iniciativa das extensionistas rurais Ivanete Azevedo e Vera Lúcia Marques deu vida ao projeto, que hoje é organizado por uma comissão formada por agricultores que participam da feira.

“Temos o apoio da Seagri nessas ações e a ideia é dar mais uma opção de escoamento da produção, vendo a necessidade dessas famílias em venderem os produtos. Todos eles são atendidos pela Emater, com orientações sobre o cultivo, o solo, e a melhor maneira de ampliar a produção”, conta Vera Lúcia, extensionista rural.

A feirinha que há anos acontece no antigo prédio da Emater, na avenida Farqhuar, não comportava todas as famílias, que procuravam um espaço para a exposição dos produtos. Foi aí que as duas servidoras começaram com a ideia, que hoje é uma realidade para as famílias da agricultura familiar em Porto Velho. A feira começa às 17 horas e segue até às 20h30.

Diretamente da Vila Franciscana, a aproximadamente 27 quilômetros da cidade, à margem esquerda do rio Madeira, as irmãs Sabrina e Sandra Ursolino vão até a feira com bolos e pães fresquinhos produzidos pela dupla. Tem pães recheados, bolos com coberturas de vários sabores, pães de queijo, massaco, vatapá, cuscuz, mingau, e toda a variedade é vendida na cidade superando as expectativas das irmãs. “Realmente não esperávamos que seria tão bom assim”.

Jonas vende os ovos de codorna produzidos na granja, na Gleba Aliança

Jonas vende os ovos de codorna produzidos na granja, na Gleba Aliança

Jonas Maciel é da Gleba Aliança, onde mantem uma granja de codornas. “A Emater nos dá toda a assistência que precisamos, por isso não só vendemos nossos ovos em comércios e outras feiras, mas aqui também, e o negócio está dando muito certo”, revela. Como a propaganda é alma do negócio, Jonas faz a sua com muito humor. “Se é dieta do ovo, é fitiness. O ovo de codorna renova o amor em casa e traz o amor de volta, tira a insônia e o estresse”.

Confirmando a qualidade dos produtos, a freguesa Alcione Stering, moradora do bairro São Sebastião II, diz que não perde uma feira. “O horário é ótimo, facilita muito, pois é nesse horário que compro meu material para a produção das marmitas que forneço. Os preços são ótimos e o ovo de codorna do Jonas são perfeitos, nunca peguei nenhum estragado na cartela”, afirma.

Até farofa pronta e com sabores diferentes é possível encontrar na feirinha. Dona Alcineide Silva é do Bairro Aponiã, e levou a novidade para vender no local. E tem farofa no sabor costela, churrasco, bacon e tantos outros chegando ao total de 17 tipos do produto. Célia dos Reis Gonçalves também é cliente assídua da feira, e garante que os preços e a qualidade dos produtos fazem da oportunidade a melhor opção para compras da semana. “Além disso, o horário também é bom, antes de ir buscar meus filhos na escola já passo aqui e faço as minhas comprinhas para casa”.

A agricultora Luzinete Rodrigues leva parte de sua produção cultivada na propriedade localizada no quilômetro 31 da BR 319. Banana, maxixe, feijão, vagem, quiabo, alface, rúcula, couve, pimenta de cheiro, cheiro verde, pepino e outros produtos são expostos na feira e a produtora garante que nenhum contém agrotóxicos. “Eu não gosto de trabalhar com produtos químicos. Uso esterco, palha de café e outros meios naturais para fazer o adubo. Meus produtos são frescos e saudáveis”, declara.

Para ampliar os negócios Luzinete até usa a tecnologia a seu favor, e através dos pedidos pelo aplicativo WhatsApp confirma as entregas. “Tenho um grupo onde meus clientes pedem e eu faço as entregas, quem quiser pode me chamar pelo Whats 99942-2472, que estarei pronta para atender. E aqui na feira estamos todas as quartas com produtos de qualidade para a clientela”.



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