Porto Velho/RO, 18 Março 2024 21:32:19
RONDÔNIA

Professores destacam vivências e experiências

Além do conhecimento, o professor prepara as pessoas para a vida, disse César Licório.

Por Sara Cícera Diário da Amazônia
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Publicado: 16/10/2018 às 15h40min | Atualizado 16/10/2018 às 20h11min

O professor Célio Leandro, com alunos em atividadesd de preparação para o Enem (Divulgação – Diário da Amazônia)

Ler, corrigir, ensinar, explicar e observar são algumas características básicas de um professor que se dedica diariamente dentro da sala de aula. O dia do professor, comemorado no dia 15 de outubro, desperta a importância do seu papel na sociedade. De acordo com secretário de Educação de Porto Velho, César Licório, este dia deve ser comemorado com alegria e respeito a todos os professores da rede municipal, e de todo estado de Rondônia.

“Os professores têm o papel de relevância na sociedade, pois atuam para, além da transmissão de conhecimentos, também contribuir na formação de crianças para a vida”, disse. Ele ainda explicou que o cuidado e zelo que o professor tem para com seus alunos perpassa o seu compromisso com o educar, transcendendo o cuidado e a atenção para com a vida de seres humanos que estão sendo preparados para vida.

“Em Porto Velho, estamos avançando a cada dia, e devemos aos resultados do Ideb, em que obtivemos a melhoria dos índices em 85% das nossas escolas”, informou César. Segundo o secretário, com relação a melhoria na estrutura física, foram enviados recursos financeiros para as escolas, objetivando descentralizar os serviços de obras, reparos e aquisições de equipamentos. Desta forma, 90% das escolas passaram por reformas e tiveram grandes melhorias, conforme Licório.

O professor Reinaldo Ramos, da Escola Orlando Freire, em Porto Velho, citou uma frase da poetista Cora Carolina para descrever o que é ser um professor: “… Feliz aquele que transmite o que sabe e aprende o que ensina.”

Reinaldo Ramos coordena um projeto de rádio escolar na escola Orlando Freire. Hoje, já existe uma formação específica para trabalhar com essas mídias educativas no espaço escolar: Educomunicação. Segundo ele, o educomunicador tem que ser funcionário, professor, pesquisador e consultor. “No mundo de hoje tão conectado, vejo que o professor precisa ter essas quatro vertentes”, contou.

Paixão pela profissão motiva os docentes

Reinaldo ainda disse que o que encanta na sua profissão é ver e acompanhar o crescimento cognitivo dos alunos, seja para áreas exatas ou humanas.
“Dentro do projeto que desenvolvemos na Escola Orlando Freire, já acompanhei alunos que já saíram direto do projeto da Rádio Falante para o mercado de trabalho. Para um professor isso é mágico, encantador. Faz valer a pena ver que seus ensinamentos arrebataram alguém a trilhar e garantir melhor o seu futuro”, disse.

Reinaldo sempre estudou em escola pública, e passou a gostar da educação inspirado em um professor de língua portuguesa, chamado Luiz Gonzaga. “Tenho ele como grande incentivador da minha escolha profissional. O que aprendi com ele hoje eu procuro transmitir aos alunos da escola, utilizando o projeto da Rádio Falante como ferramenta pedagógica para incentivar o hábito da leitura”, falou.

Célio da Silva, professor com mais de 20 anos de profissão, diz que foi se apaixonando pela profissão e com o tempo se especializando cada vez mais. Hoje ele é especialista no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e prepara os alunos para o Enem. Trabalha em escola pública e particular.

“Ser professor é ser apaixonado pelo que faz. O professor tem que ter paixão. O professor tem que estar sempre buscando se aperfeiçoar. Ser professor é ter a consciência de que está contribuindo para mudar vidas e para formação de cidadãos”, disse.

Para ele, a maior dificuldade de um professor hoje não está na estrutura da escola, mas atualmente, a grande dificuldade está na família. “De modo geral a família mudou muito, não tem mais aquela responsabilidade. Muitas vezes os pais acreditam que é função da escola educar conceitos e normas que são aprendidos em casa. Jogam e colocam essa responsabilidade para a escola. E não é essa a função da escola”, salientou.

O professor Francisco, o GG, como é conhecido por seus alunos, analisa que ser professor não é profissão, mas vocação. “Atualmente vivemos numa sociedade melindrosa, onde os papéis sociais sofreram uma inversão de valores, e mesmo sabendo que o professor, sendo um formador de opiniões, na maioria das vezes lhe é tolhido essa habilidade”, acentuou.



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