A secretária Leiva Custódio anunciou a regularização da escola Ulisses Matosinho, que era considerada urbana. Fábio Souza/Diária da Amazônia
Na véspera do Dia dos Professores, um presente inesperado para diretores e vices, secretários e professores do sexto ao nono, que atuam no setor rural da rede municipal de ensino, em Ji-Paraná. Trata-se do reajuste, que varia de 30% a 60% nas gratificações, com base nas tipologias de cada escola, classificadas conforme número de estudantes e localização. O projeto foi aprovado na última sessão da Câmara Municipal, na terça-feira e sancionado pelo prefeito Jesualdo Pires.
Os valores serão debitados no próximo vencimento da categoria. Serão contemplados 43 professores e mais de 100 gestores educacionais (diretores, vices e secretários). O reajuste para esses profissionais não ocorria há mais de 14 anos. “Entendemos que eles estavam ganhando um valor muito pequeno e estavam há muito tempo sem reajuste, são profissionais que realmente trabalham muito, cuidam das escolas, ficam até mais tarde e acabam trabalhando no sábado e domingo” ressaltou Jesualdo Pires, prefeito.
Para o chefe do Executivo municipal não é um reajuste muito alto, mas que valoriza e muito esses profissionais, que administram as escolas municipais. “São eles que resolvem os problemas que surgem, através de um trabalho muito intenso, por isso fizemos um reajuste dentro das nossas condições orçamentárias”, completou.
Márcia Regina, líder da comissão de educação e cultura
Trabalho de docentes precisa virar modelo
A presidente da comissão de Educação e Cultura na Casa de Leis, vereadora Márcia Regina (PT), congratulou a titular da Secretaria Municipal de Educação, Leiva Custódio, e o prefeito Jesualdo Pires. “Faz 15 anos que estes professores não tinham um reajuste salarial. O Executivo está reconhecendo o trabalho desta classe”, analisou.
“Vimos que a educação municipal está em desenvolvimento, conforme os números do último Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), então, eu vejo que além de aplaudir o trabalho feito, o Executivo também está recompensando estes profissionais. Temos que dar atenção a estes resultados que precisam ser valorizados e transformados em exemplo”, ressaltou.
A vereadora salientou que a valorização dos profissionais da educação precisa ocorrer em todo o âmbito, “por isso, luto pelo reajuste salarial dos motoristas e para adequar a legislação de difícil acesso, e tenho a certeza que o poder Executivo atenderá o pleito”.
Parâmetro
Para a secretária de Educação (Semed), Leiva Custódio, os reajustes terá por parâmetro a tipologia da escola. Classificadas da seguinte forma: núcleo 1 de 50 a 200 alunos; núcleo 2 de 201 a 400 estudantes, núcleo 3 de 401 a 600 alunos; núcleo 4 de 601 a 800 e núcleo 5 acima de 800 estudantes. “Se, a escola está localizada no setor urbano, é uma classificação, se é no setor área rural e outra classificação. No caso do núcleo 1, o diretor que ganhava R$ 500 saltou para R$ 800; no núcleo 2, subiu de R$ 600 para R$ 900; núcleo 3, de R$ 600 para R$ 1 mil e assim sucessivamente” destacou Leiva Custódio, secretária da Semed.
Outra novidade anunciada por Leiva, é referente a regularização da escola Ulisses Matosinho, que era considerada urbana,e que recebia valor inferior ao previsto. Por ser escola rural os valores serão corrigidos de imediato. “A gente sabe que uma escola, que atende 200 alunos, ela exige um tipo de trabalho da equipe técnica, não sendo diferente daquela que atende 500 alunos. O que fizemos foi organizar as nossas escolas de acordo com o quantitativo de alunos, localização e a quantidade de turnos”, detalhou.
Para secretária é preciso uma remuneração adequada aos gestores, “a gente sabe que a atuação de um diretor, que trabalha na área rural é muito diferente de quem trabalha na urbana, todos os dois são importantes, todos os dois possuem muito trabalho, mas existem muitas dificuldade para se locomover. Além de ter que gerenciar os recursos do Profae, aquisição da merenda são vários recursos, por isso da valorização dessas pessoas”, frisou.
