O projeto “Apadrinhando uma História”, desenvolvido pela prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasf), com o apoio do 2º Juizado de Infância e Juventude, Serviço de Acolhimento Institucional (Sain) e Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (Caop-INF) do Ministério Público de Rondônia (MP-RO), tem como objetivo captar padrinhos e madrinhas para as crianças e adolescentes que vivem em abrigos institucionais da prefeitura de Porto Velho.
A capital possui hoje quatro Unidades de Acolhimentos que atendem crianças e adolescentes com remotas chances de colocação de famílias substitutas. São elas: O Lar do Bebê, Casa de Acolhimento Cosme e Damião, Casa Moradia e Casa Juventude. Atualmente, cerca de 50 crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos incompletos, são atendidos por essas Unidades. De acordo com a psicóloga do projeto, Landa Lemos, da Semasf, o apadrinhamento dará oportunidade à criança e ao adolescente o convívio familiar e o convívio comunitário e ainda possibilitará a quebra do sentimento de abandono.
“Nós percebemos que por mais que uma Unidade de Acolhimento ofereça alimento, proteção, direito a saúde, esporte e lazer, nós percebemos que faltava o essencial que é a convivência familiar, a convivência extramuro. Na verdade, as crianças e os adolescentes eles ficavam muito tempo dentro das Unidades sem o contato com famílias. Essas famílias proporcionam afeto, lazer, cultura, e a gente percebe que os adolescentes quando eles têm um padrinho, desenvolve a autoestima, a segurança, a vinculação afetiva, o desempenho escola, tudo melhora”, disse Landa.
Existem três modalidades de apadrinhamento: o apadrinhamento afetivo, Prestador de Serviço e o Provedor. O padrinho Afetivo é para garantir à criança e ao adolescente a convivência familiar e comunitária; o padrinho Prestador de Serviços é aquele profissional que queira ofertar o serviço conforme sua especialidade de trabalho para as crianças e adolescentes; e o padrinho Provedor é para aqueles que se interessam em ajudar com o suporte material ou financeiro, como por exemplo, pagar algum curso profissionalizante, aulas de esporte ou alguma especialidade médica que não seja contemplada no Sistema único de Saúde (SUS).
“O padrinho Provedor e o Prestador de Serviços não temos exigências, agora para os padrinhos Afetivos precisa ter mais de 18 anos, fazer o cadastro com a Semasf, e não ter nenhum tipo de questão criminal para se resolver, e ainda precisa participar da capacitação”, informou a psicóloga. O apadrinhamento Afetivo só poderá ocorrer com crianças a partir dos sete anos porque os menores eles ainda têm chances de adoção.
EVENTO
Para divulgar o projeto “Apadrinhando uma História”, a Semasf realizará uma ação nos dias 10 e 11 de novembro, no Porto Velho Shopping. Além da divulgação, o objetivo também é capacitar novos padrinhos nas modalidades Afetivo, Prestador de Serviço e Provedor. A ação será coordenada pela equipe do Departamento de Proteção Social Especial da Semasf.