Os trabalhos do projeto ‘Artes de Belas Mãos’ podem ser conferidos esta semana no Festival de Flores, no Gerivaldão
Apesar de ainda não ter sido constituída de forma jurídica o projeto social “Artes de Belas Mãos”, criado pela professora aposentada Irene Mota, necessita de apoio para poder continuar desenvolvendo os trabalhos sociais com donas de casa, aposentadas, crianças e adolescentes na arte de confeccionar bordados, pintura em telas e tapetes. O trabalho feito pelos quase 58 aprendizes estão expostos, esta semana no ginásio de esportes Gerivaldo José de Souza (Gerivaldão), durante o Festival de Flores.
De acordo com Irene Mota, o projeto “Artes de Belas Mãos” começou há cinco anos com a sua necessidade de praticar algum tipo de terapia para superar o trauma de um problema na coluna, que resultou na sua aposentadoria precoce. Em sua residência na rua Menezes Filho do bairro Bela Vista, no Primeiro Distrito de Ji-Paraná, ela decidiu separar um pequeno espaço para fazer bordados em panos de prato. “Logo chegaram outras donas de casa também interessadas em aprender esta arte”, lembra Irene Mota.
Para a surpresa da professora aposentada, logo ela estava com mais de 20 pessoas, entre elas, até crianças e jovens recém-casadas, além de idosos. Uma delas, Anita Rodrigues, do bairro Dois de Abril que participa desde o início do projeto. “É uma satisfação muito boa. Hoje, já me sinto monitora desse trabalho maravilhoso iniciado pela Irene”, afirma.
Para a professora, o melhor retorno de todo esse esforço em ensinar essa arte são as novas amizades surgidas ao longo de todo esse tempo. Além de Anita Rodrigues, Irene Mota lembra que entre as participantes, uma é muito especial, uma idosa com 78 anos procurou o projeto em busca de se manter ativa e já está pintando em tecido, tendo ela ido ao interior do Amazonas no final de 2014 levando farto material produzido para as pessoas da região. “Isso nos fortalece bastante”, diz.
Funcionando em um imóvel, próximo de sua casa, Irene Mota lamenta as dificuldades que passa para manter o projeto funcionando. Segundo ela, os poucos recursos que entram não são suficientes para arcar com as despesas, como o aluguel do prédio onde funciona o ateliê que já está com dois meses atrasado.
“Financeiramente, não temos nenhum retorno”, garante.
Além de estar expondo esta semana no ginásio Gerivaldão, durante o Festival de Flores, Irene Mota lembrou que irá preparar um vatapá para tentar conseguir dinheiro que ajude a pagar os dois meses de aluguel atrasado. Segundo ela, a data, o local e o valor do convite ainda serão definidos.
Horários
Mais de 250 pessoas, atualmente, entre donas de casa, jovens e adolescentes participam das aulas. Uma extensão do projeto já foi criada nos Bosques dos Ipês funcionando na residência de um pastor, e no bairro Novo Ji-Paraná. As aulas do projeto “Artes de Belas Mãos” são realizadas as segundas, terças e quintas-feiras (pintura) das 8h às 10h e das 14h às 16h.
As aulas de crochê acontecem as 5ª feiras nos Bosques dos Ipês sempre das 14 às 16h.
