Protagonismo e seus reflexos na pandemia

A falta de unificação das ações em Rondônia tem feito com que o Poder Judiciário torne o protagonista do combate e controle à doença Covid-19. Em Rondônia, governo e municípios não apresentam controle da demanda, os números da doença estão subindo de forma acelerada, e a rede de saúde não comportará a demanda, caso continue no mesmo ritmo observado nas últimas semanas.

O controle social é fundamental para evitar o avanço da doença e a implantação de medidas governamentais para salvar a economia são receitas aplicadas em todos os lugares do mundo aonde se evitou um colapso maior. O que não pode é governos continuarem tropeçando entre si, jogando o peso das consequências para empresas e trabalhadores, e enfeitar a crise com ondas de discursos eleitoreiros.

Até o momento, o que se percebe é que as medidas adotadas, e logo em seguida retiradas de pauta por pressões econômicas, pouco contribuíram para a contenção da doença que reage de forma diferente por região e por pessoa. Assim, o Judiciário tem se mantido firme em seus embargos, diante a ineficácia das gestões que demonstram não observar as estatísticas. A nítida desobediência da população é reflexo do desgoverno nas ações e nos discursos aplicados até o momento.

Em toda a crise é fundamental a criação de gabinete interdisciplinar que possa ler e analisar os dados de maneira que encontre alternativas sadias para minimizar os impactos. O momento em Rondônia seria de unidade de forças e poderes, buscando o consenso de ações que pudessem ter resultados efetivos no controle da crise da saúde e da crise econômica. Não tem como conduzir de outra forma, se não pela unidade e concentração de forças no objetivo de salvar vidas e salvar a economia.