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Editorial

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Publicado: 14/07/2020 às 06h00min

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Protocolo de Nagoya uniu ambientalistas e ruralistas pela bioeconomia 

Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou a ratificação (ajuste internos) do Protocolo de Nagoya, assinado pelo Brasil em 2012,..

Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou a ratificação (ajuste internos) do Protocolo de Nagoya, assinado pelo Brasil em 2012, apesar do documento ter sido elaborado em 2010, durante a Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), realizada em Nagoya (Japão). De maneira inédita, a Frente Parlamentar Ambientalista e a Frente Parlamentar Agropecuária estiveram unidas no mesmo propósito, e houve consenso no texto final, que segue para sanção presidencial.

O Protocolo é importante tanto para as demandas ambientais quanto para a economia. O mundo caminha para a sustentabilidade e os grandes negócios do agro compreendem bem a necessidade de aliar interesses. Está em jogo valores altíssimos em negócios que interessa a todos os segmentos brasileiros, inclusive para o setor industrial. No mundo atual, nada se compra e nada se vende se houver o zelo sustentável do produto.

O que uniu os interesses para a ratificação foram cinco pontos elementares do Protocolo de Nagoya. O primeiro é que estará ampliando a influencia na agenda internacional sobre a biodiversidade. Com o Brasil mais preocupado com a questão ambiental, os produtos brasileiros terão mais acesso ao mercado externo. O segundo ponto destacável é que será possível aproveitar vocações e potenciais do Brasil para expandir mercados. Dessa forma, produtos exclusivos de nosso bioma terão maiores possibilidade de alcance internacional, gerando novos negócios. 

Uma terceira razão que foi considerada na ratificação é que oferece mais segurança jurídica para negócios que usam recursos da biodiversidade. Com uma legislação especifica, os produtos sustentáveis atrairão investimentos externos, incluindo projetos inovadores para o setor. O capital estrangeiro é volumoso e importante para aquecer a economia interna, mas para chegar até aqui são necessárias as garantias legais.

A quarta razão da unidade de interesse foi possibilidade de aumentar a conservação da biodiversidade brasileira, rica em biomas e compostas por espécies ainda desconhecidas, que podem trazer grandes soluções para o futuro. Com o efeito legal, o Brasil terá ganhos e vantagens para manter sua biodiversidade.

E o último ponto importante para essa união de ambientalistas e ruralistas é que, agregou também, os interesses coletivos do setor industrial. Para os produtos brasileiros chegarem ao mercado exterior é preciso a garantia de que está sendo feito o dever de casa e que o produto garante ciclos para o futuro. A indústria brasileira terá maior abrangência internacional, principalmente produtos do agro. 


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