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Diário da Amazônia

Qualidade de vida como benefício de doação

Doadores de sangue falam da experiência de ser voluntários em campanhas.

Por Assessoria
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Publicado: 05/11/2017 às 07h15min

Ato da doação de sangue é um processo de renovação

Foi para atender ao pedido de uma pessoa que passaria por cirurgia que o policial militar do 1º Batalhão da Polícia Militar Diego de Assis Moreira, 32 anos, fez a doação de sangue pela primeira vez. A experiência na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron) fez toda a diferença para que ele se tornasse um doador fidelizado.

Diego mantém a prática há 10 anos, agora também como doador de plaquetas e de medula óssea. ‘‘Eu vi a forma como eles tratam o doador, como conduzem o procedimento de coleta e a partir daquele dia eu fui adquirindo uma afeição por essa obra, que é ser uma pessoa que salva vidas através da doação’’, afirma.

O policial incentiva outras pessoas a conhecerem o trabalho da Fhemeron para derrubar mitos e entraves que as impedem de doar. ‘‘Tem muitos mitos como acreditar que doar faz mal porque você vai perder sangue, que vai ficar com baixa imunidade e não é assim. A doação de sangue é um processo de renovação. No intervalo entre as doações o seu corpo vai se regenerar’’, assegura.

Diego teve que superar o medo de agulhas para cumprir com sua missão em salvar outras vidas. ‘‘A forma como o pessoal da Fhemeron trata os doadores é como se eles estivessem tratando um parente deles ou a si mesmos. Não vou mentir dizendo que você não sente nada, mas a sensação de você ter salvado uma vida é superior a qualquer coisa negativa que você possa sentir. A agulha pra mim se tornou um dos menores problemas, então se esse também é o seu caso ou se tem algum tipo de preconceito, supere isso não só falando, mas tendo atitude’’, disse.

Além de se sentir bem ao saber que a doação fará a diferença para muitas pessoas, o doador também ganha mais qualidade de vida. ‘‘Uma coisa boa que eu adquiri como doador foi a forma regular de cuidar da minha saúde. A minha vida se tornou mais saudável depois que me tornei doador. Ser um doador é uma forma de cultivar a sua saúde e a de terceiros’’, aponta Diego.

Policial militar Diego Moreira é um dos doadores voluntários

Fhemeron disponibiliza grupo de apoio social

Diego tem uma preocupação de manter a pressão arterial, os índices glicêmicos e de colesterol sob controle. E não está sozinho nisso, ele conta que a Fhemeron possui um grupo de apoio social que, ao detectar alguma alteração no resultados dos exames médicos dos doadores, ele são orientados a fazer os procedimentos necessários para voltar a ter a condição de saúde ideal.
O oficial de diligências da Defensoria Pública de Rondônia Ulisses Juliano Machado, 33 anos, também aponta os impactos positivos na própria saúde ao ter se tornado doador. ‘‘Para o nosso sangue ser útil para doação é preciso ter cuidados com a saúde, principalmente com alimentação, e evitar o sedentarismo’’.

Ele garante que ser doador é estímulo para cuidar da saúde. Ulisses evita comida com gordura, principalmente no período que antecede a doação, além de praticar exercícios físicos como corrida e ciclismo como hobby.

O socioeducador da Secretaria de Estado da Justiça do Estado de Rondônia (Sejus), Raimundo Francisco Damasceno, 41 anos, também atribui à doação os hábitos saudáveis que mantém. ‘‘Eu não consumo bebida alcoólica, não fumo e pratico atividade física e já percebi que quanto mais atividade física fazemos melhor é a qualidade da doação’’, disse.

Ulisses se tornou doador ao completar 18 anos em uma campanha durante o alistamento militar. Com o tempo, ele passou a doar também plaquetas e foi aí que o gesto solidário se tornou ainda mais significativo. ‘‘Aumentou mais esse sentimento porque as plaquetas vão também para crianças com anemia falciforme e às vezes quando eu vou lá doar eu vejo essas crianças’’, conta.

Raimundo, assim como Ulisses, se tornou doador após uma campanha. Mas no caso de Raimundo foi quando ela fazia parte da Aeronáutica em 1996. ‘‘Foi a partir daí que me tornei doador regular motivado pelo amor ao próximo. Acredito que já ajudei a salvar muitas vidas. Eu incentivo a sociedade rondoniense a doar sangue porque sangue é vida e amanhã pode ser um de nós precisando desse sangue’’, considera.



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