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Publicado: 01/04/2020 às 09h33min

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Quem é mais importante o indivíduo ou o coletivo?

Frase do dia “Vou ouvir o ministro Mandetta. Quem determina política de saúde no Brasil é o Mandetta.” – Augusto Aras, Procurador..

Frase do dia

“Vou ouvir o ministro Mandetta. Quem determina política de saúde no Brasil é o Mandetta.” – Augusto Aras, Procurador Geral da República sobre decisões que envolvam a pandemia.

1-Primeira morte em PVh pela Convid-19

Como previsto, começaram a surgir os primeiros casos de contaminação pelo Covid 19 em Porto Velho e ontem ocorreu a primeira das mortes. E infelizmente não deve parar de imediato pois, sem remédios, vacinas, profissionais de saúde, leitos e sem hospitais em quantidade suficiente para atender a todos, a solução é ficar em casa mais alguns dias e evitar o contágio. Mas sempre podemos tirar lições da tragédia. A técnica científica provocou uma inflexão na curva econômica e travou por um tempo o debate sobre universalismo e utilitarismo. Quem é mais importante o indivíduo ou o coletivo? Em tempos de quarentena vale rever Immanuel Kant e Jeremy Bentham dentre tantos. São duas visões e duas razões ambas bem fundamentadas para sua escolha. 

2-Coranavirus RO e a informação da rede 

Pediu o secretário Fernando Máximo para não crermos em fake-news e comprometeu-se a dar notícias pelas redes sociais, “olho no olho”, mas a pesquisa Datafolha diz que a confiança do brasileiro está nas TVs e jornais impressos que lideram informações sobre o Covid-19 contra os 12% dos que ficam nas redes sociais. E agora o que fazer? A internet está instável, e o contrato de publicidade do governo foi suspenso no dia 20.03! Rondônia segue o Capitão que elegeu as redes sociais em prejuízo da mídia tradicional desde a eleição do governador, fora as manjadas exceções. Mas se há um aperto é pela TV – até a Globo – que o governo do Coronel se socorre. 

   3-O caso Lacen

O Lacen que deveria ser uma ilha de excelência na saúde recebia várias reclamações, mas era como esteio não só com o Covid-19 como no combate à dengue, zika, sífilis, etc. De repente e no meio da maior crise o governo sacou o seu diretor Júlio César, anunciando o nome da nora de um deputado para substituir o JC. Questionei a razão da mudança sendo surpreendido por outro fato até mais intrigante: a indigitada que nem tomou posse também foi sacada, apesar da questão permanecer aberta. O que fez ou não fez o diretor para sair em meio à crise? A razão deve ser simples como a frase de Ésquilo, que adapto à crise do Covid 19: “Na guerra (como na crise) a verdade é a primeira vítima”. Ora, manda quem pode e pronto. Até pelo facebook.

4-Samba do crioulo doido

O Capitão está possesso. Trump capitulou, Putin capitulou e cada um dos “sabe com quem está falando?” mijaram na arvinha e fizeram o que o Mandetta berrou: “TODO MUNDO EM CASA”. O Capitão não. Como um candidato a presidente da República continua fazendo comício e cada dia mais acelerado e pior, acossado por parte da mídia, parceiros, amigos e inimigos. Mas não é só ele. Marcelo José Fernandes da Silva, procurador do Trabalho, quer o bloqueio de 500 bilhões do Banco Central a favor do BNDES e que reduza 30% dos serviços e juros da dívida interna e os pagamentos. Mais: que os réus comprem e instalem 800 mil leitos com ventiladores mecânicos,  compra de testes rápidos, desinfecção de logradouros públicos, ruelas, vielas, becos, pontes de madeira e que decrete às empresas que trabalhadores não são escravos e que é justo o receio de se contaminarem neste período de crise pandêmica. Onde será que vende disso tudo aí? 

5-Coronavírus e a informação municipal

Prima pobre na crise, a Prefeitura Municipal de Porto Velho ajustou a mão na comunicação sobre suas ações para encarar a grave crise do coronavírus. Boletins diários, cobertura que informa a imprensa tradicional e alternativa com destaque para o fato e não pessoas. Quem não é do ramo recebe a mesma informação, independente do veículo que prefere, seja rádio, TV, redes sociais ou sites de notícias e quem é do ramo está careca de saber do que (ou de quem) estou falando.   

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sobre Política & Murupi

Leo Ladeia é baiano de Itororó, torcedor do Bahia ou um pau rodado que apoitou por aqui. Começou como radialista na Rádio Vitória Régia aos 55 anos. Apresentou o programa Lendas do Rock na rádio Parecis. Na SIC TV como aqui no Gente de Opinião Léo Ladeia fez de tudo. Astronauta, boy, pintor, poeta e pedreiro. Mutante, gosta de experimentar e de desafios, atualmente Ladeia está trabalhando no Rede TV Rondônia, canal 17,do Sistema Gurgacz de Comunicação.