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Editorial

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Publicado: 19/07/2019 às 09h12min | Atualizado 19/07/2019 às 09h24min

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R$ 50 bilhões ajudam, mas não resolvem

O governo Bolsonaro deve anunciar na próxima semana os critérios para o saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Pelo que..

O governo Bolsonaro deve anunciar na próxima semana os critérios para o saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Pelo que adiantou o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, isso deve acontecer quarta ou quinta-feira, dentro dos feitos dos 200 dias de governo. A medida é para aquecer a economia através do giro financeiro e de consumo. O brasileiro está endividado, o consumo reduziu e a economia caminha lentamente com retrações em alguns segmentos.

Com a liberação de saque do FGTS, a expectativa é que cerca de R$ 30 bilhões sejam despejados no País. Com isso, espera-se que o cidadão volte às compras e possa dar um refrigério para os números que no primeiro semestre não foram animadores. Outra medida para ajudar a economia é o já anunciado dinheiro do PIS/Pasep, que começam, a serem pagos nesta semana, disponibilizando uns R$ 20 bilhões na economia. Somando os feitos, o País teria circulando algo em torno de R$ 50 bilhões.

Esse montante não resolve o problema, mas trará um refrigério para a economia. O dinheiro estará nas mãos de consumidores e naturalmente servirá para pagar contar, construção civil e compras de consumo. Esse comportamento de compras faz a engrenagem da economia girar por um tempo necessário até que o governo promova os ajustes que causem segurança política e econômica.

A retração econômica no Brasil se deu porque o governo não iniciou a gestão com o mesmo entusiasmo das eleições. Foram muitos atropelos, falações sem nexo, denúncias, vexames e mais uns fatores políticos que causaram insegurança aos investidores. Com menos dinheiro injetado em grandes proporções, o País passou a viver de giro mínimo, produção industrial no limite do mínimo, e o consumo também patinou no mínimo. Quando a economia caminha dessa forma é natural que o crescimento fique estagnado, porém causa uma quebradeira do menor negocio para o maior.

Outros fatores que causaram limitação ao crescimento econômico foram as reformas que rastejaram na Câmara Federal nesse primeiro semestre. Sem as votações de matérias importantes, os grandes investidores preferiram aguardar pra ver no que daria. A reforma da Previdência já votada e aprovada em primeiro turno já reacende a esperança dos investidores, mas somente depois da segunda votação é que dará a segurança necessária.

Outras reformas como a Trabalhista, o Pacote Contra a Corrupção e a melhora na segurança pública do País também são fatores políticos que podem contribuir ou não para a mudança do quadro econômico até aqui percebido. Se este segundo semestre seja melhor para o Brasil.


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