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Editorial

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Publicado: 25/08/2019 às 08h31min

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Reação para conter fogo começa por Rondônia

Sobre as queimadas na Amazônia, até o momento, o maior dano conhecido é que o mundo inteiro lamenta a dimensão e contesta a política..

Sobre as queimadas na Amazônia, até o momento, o maior dano conhecido é que o mundo inteiro lamenta a dimensão e contesta a política ambiental do governo brasileiro. O estrago político ganhou dimensão internacional com protestos e manifestações por todo o planeta. A Amazônia realmente é nossa, mas o efeito que a maior floresta tropical gera no planeta é grande, por isso, o interesse mundial na região tem dimensão com apelo emotivo ecológico, econômico e também de preocupação com as conseqüências futuras ainda desconhecidas. O uso racional dos recursos naturais renováveis é a alternativa mais viável que possa conciliar desenvolvimento econômico com sustentabilidade. Mas o Brasil não tem acertado nessa condução.

O estrago ambiental não foi divulgado porque tem fogo para todos os lados. Difícil calcular nesse primeiro momento. A critica mundial foi tão pesada que ameaça afetar economicamente o Brasil e a América Latina. Líderes dos países do G7 falam em romper com o acordo da União Européia com o Mercosul por conta do descontrole ambiental. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro vem sendo duramente criticado e responsabilizado por lideranças mundiais como indutor do discurso devastador.

A reação do governo brasileiro para amenizar a crise gerada foi convocar um comitê de crise (que já deveria ter ocorrido antes da pressão internacional), e iniciou demandas urgentes para conter os avanços das queimadas. As Forças Armadas foram acionadas para resolver o problema. Dois aviões com capacidade para 12 mil litros (cada) de uma mistura de água e produtos químicos, chegaram no sábado (24) à Porto Velho, para iniciar o combate ao fogo que vem destruídos áreas recém desmatadas e até áreas de reservas ambientais.

Rondônia tem aparecido como estado com grades queimadas, além do Pará, Mato Grosso, Acre e Tocantins que também pediram socorro. As Forças Armadas colocaram 400 homens, de imediato, para compor a força tarefa criada com finalidade de apagar os incêndios. Outros 30 bombeiros da Força Nacional de Segurança deslocaram de Brasília para Porto Velho. O contingente de 44 mil militares das Forças Armadas que estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.

No pronunciamento em cadeia nacional, o presidente Jair Bolsonaro apresentou um discurso internacionalmente consolador, prometendo conter os incêndios florestais e punição para culpados dos desastres.


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