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Editorial

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Publicado: 01/07/2019 às 19h05min | Atualizado 02/07/2019 às 17h55min

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Real e Acordo: acontecimentos que precisam de sustentabilidades

O Plano Real chegou a um quarto de século de vida e sendo a segunda mais duradoura moeda brasileira (Cruzeiro é a mais longa), com..

O Plano Real chegou a um quarto de século de vida e sendo a segunda mais duradoura moeda brasileira (Cruzeiro é a mais longa), com resultados positivos para a economia do País. Apesar do sucesso do plano econômico implantado pelo então-presidente da República, Itamar Franco, o principal alvo não foi alcançado que seria o crescimento sustentável da economia. O Brasil está com uma moeda em condições estáveis, porém a economia do País não caminha tão bem, porque faltou a construção de ações sustentáveis.

Outro marco que deve ser creditado ao governo da social-democracia, é a recente aliança do Mercosul com a União Européia, projeto este iniciado a 25 anos. O então-presidente Fernando Henrique Cardoso ganhou até um apelido (Viajando Henrique) por tantas viagens internacionais que fez para promover o projeto. São 31 nações envolvidas nessa aliança. Consolidar um projeto dessa envergadura não é fácil. São mudanças de leis, mudanças de culturas, arquiteturas econômicas, investimentos diversos e envolvimento da iniciativa privada para a produção. São mais de mil produtos que serão comercializados com os benefícios desse acordo, tendo como principal a redução de alíquotas.

Com esses dois acontecimentos recentes, aniversário de 25 anos do plano Real, e a consolidação do acordo Mercosul-União Européia (depois de 25 anos de tarefas continuas cumpridas), o Brasil precisa rever suas estruturas internas porque a competitividade será maior. Não basta está integrado ao grande acordo mundial, mas o País precisa de condições de produzir mais, a custos mais baratos, e com produtores de melhores qualidades para enfrentar outros gigantes.

Os produtos que o Brasil levará vantagens são os alimentícios, porém, por não ter domínio tecnológico terá que fazer compras de equipamentos, instrumentos e ferramentas modernas que são de alto valor comercial. Se não tomar cuidado, alimentará a muitos e em contra partida gastará muito mais em compras de produtos industrializados e de tecnologias. Se não observar os por menores da balança comercial, o equilíbrio entre o que compra com o que vende pode ter disparidade não favorável.

Talvez seja o momento de rever o projeto econômico do País, promover reforma fiscal, criar política de subsídios para a produção, investir mais em ciências e tecnologias, e dar um rumo sustentável para a economia brasileira para suportar um acordo tão amplo com países economicamente bem estáveis. Outro cuidado que o Brasil precisa é com a questão ambiental, moeda de alto valor no mercado de alimentos, já que o mundo busca novos modelos alimentares mais saudáveis e sustentáveis.


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