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Editorial

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Publicado: 24/03/2019 às 06h29min

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Rebanho livre de aftosa

O Ministério da Agricultura mobilizou os estados produtores de gado para uma grande organização visando obter até 2023, o selo de..

O Ministério da Agricultura mobilizou os estados produtores de gado para uma grande organização visando obter até 2023, o selo de ‘país livre de aftosa sem vacinação’, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Essa retirada de vacina é gradual e requer um planejamento bem executado. Com esse status o rebanho brasileiro poderá ser comercializado com maior segurança e, os produtores não mais necessitarão fazer as vacinações regularmente como vinham ocorrendo. Para isso será necessário um controle intenso no sentido de evitar entrada de gado clandestino que possa colocar em risco a sanidade animal do rebanho.

A notícia agrada Rondônia, estado quarto produtor nacional de gado, que tem no agronegócio sua principal receita e fonte de sustentação da economia. Para isso, o governo deve se comprometer com o fortalecimento da Idaron (Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia) dando continuidade aos trabalhos do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), acompanhado diretamente por técnicos do Departamento de Saúde Animal (DSA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os negócios devem fluir ainda mais e novas exportações devem ser concretizadas. Recentemente, veio a confirmação de países do Médio Oriente que tem interesse na compra do gado em pé (comercializado vivo). Na semana que passou, o Mapa assinou o Certificado Zoossanitário com o Cazaquistão para esse tipo de negócio, confirmando o que antes havia sido anunciado. Esse tipo de negócio é super criterioso e envolve além da qualidade sanitária dos animais, a qualidade genética das espécies produzidas no país.

Para o produtor de gado se dar bem nos negócios é necessário seguir á risca o que está sendo desenvolvido em termos de controle. Não adianta arriscar no jeitinho brasileiro que colocará a perder tudo que for feito. Todos precisam se conscientizar de que o valor do produto estará relacionado à qualidade. O produtor rural rondoniense está bem certo dessa responsabilidade até porque o sucesso das campanhas de vacinações realizadas mostrou até aqui o total comprometimento de todos com a causa.

Essa notícia deve estimular nossos produtores para a ampliação dos rebanhos, melhoramento genético, amplo controle dos animais e busca de novos métodos para tornar o negócio cada vez mais sustentável. A produção de gado à pasto é um diferencial de nosso rebanho que somado às demais característica que elevam a qualidade deve manter Rondônia economicamente ativa nesse negócio que vem dando certo.


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