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Editorial

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Publicado: 02/12/2019 às 08h55min | Atualizado 02/12/2019 às 08h57min

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Redução de juros do cheque ajuda, mas ainda não resolve

Em alguns editoriais anteriores já havíamos alertado sobre os problemas de superendividamento da população com reflexo direto na..

Em alguns editoriais anteriores já havíamos alertado sobre os problemas de superendividamento da população com reflexo direto na redução do consumo. Outra consequência é o travamento da economia já que grande parte da população está pagando juros ao invés de estar gastando na compra de produtos e de serviços.

O Banco Central fechou a semana anunciando que vai limitar os juros do cheque especial para 2020, começando a partir de janeiro. Ou seja, nas compras natalinas o consumidor ainda pagará muito além em juros aos bancos. Mas já é um indicador que o governo percebeu que a minoria dos banqueiros estava engavetando grande volume que deveria estar circulando pelo país.

Pelo que foi anunciado, os juros do cheque especial (que consiste na maioria dos endividamentos junto com cartões de créditos) ficarão em torno de 8% ao mês e cerca de 150% ao ano. Atualmente os endividados com os bancos veem suas contas multiplicarem em mais de 300% ao ano.

Esse tipo de empréstimo é abusivo porque nada justifica tamanho índice de agiotagem bancária. Além de afetar a economia do país, o superendividamento causa estresse elevadíssimo, depressão, conflitos familiares e até suicídios. Dessa forma, além de causar problema à economia, causa também problema de saúde pública. Assim, o governo acaba pagando a conta no aumento da procura de tratamentos em unidades de saúde pública.

A intervenção e controle é necessária e urgente e causará alívio para o comércio e indústria que foi salvo neste ano pelos R$ 500 do FGTS, caso contrário, fechariam em declínio. Tudo indica que não há um plano econômico consistente, apenas remédio a curto prazo que ajuda, mas não resolve.


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