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Diário da Amazônia

Retratos falados ajudam solucionar crimes em Rondônia

Todo o processo feito pelo instituto é digitalizado com a utilização do programa Horus.

Por Vanessa Moura Secom
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Publicado: 22/01/2017 às 06h00min

Profissionais dos Instituto de Identificação Civil e Criminal responsáveis pelos retratos falados em Rondônia

Sem câmeras de monitoramento e longe do olhar de testemunhas, muitos crimes acontecem assim, o que leva a vítima a não ter esperança de que o criminoso seja localizado e preso. Mas graças ao trabalho de retratistas do Instituto de Identificação Civil e Criminal de Rondônia (IICC), os casos são solucionados através de retratos falados.

A ferramenta que ajuda a identificar autores de crimes através da descrição das características faciais é utilizada no Estado desde 2007, quando profissionais do instituto receberam treinamento da Polícia Federal do Distrito Federal para atuar nesta área. Todo o processo é digitalizado com a utilização do programa Horus que possibilita trabalhar com imagens de alta definição.

A retratista Marinalda Souza atua na elaboração de retratos falados desde que o sistema foi criado e é uma das responsáveis por alimentar o banco de dados com recortes de diversas características faciais tendo como base principalmente a população carcerária de Rondônia. Para o diretor do IICC, Júlio André Kasper, é importante que o banco de dados considere as características da população rondoniense. O que, segundo ele, ajuda a ter uma melhor precisão com base na realidade local.

Trabalho das retratistas IICC tem conseguido alcançar nota 10 em muitos casos

Quanto mais o retrato falado se aproximar da imagem real do criminoso, maior a chance de identificá-lo. Um trabalho minucioso que exige de um lado um profissional competente e capacitado e de outro a colaboração da vítima em conseguir lembrar a imagem do autor do crime. A retratista Marinalda Souza explica que um dos desafios na elaboração do retrato é conseguir ultrapassar a resistência da vítima em lembrar como o crime aconteceu.

‘‘O que é superado com paciência e dedicação. Muitas têm vergonha e sofrem em descrever o que aconteceu. Precisamos ir aos poucos ganhando a confiança delas’’, contou a retratista que revela que o processo de descrição chega a demorar mais de duas horas e em casos em que a vítima esteja muito abalada emocionalmente até dias. Quando a vítima chega ao instituto é encaminhada até uma sala reservada, e quando ficam apenas ela e a retratista o trabalho é iniciado.

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