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Rio Madeira ameaça com cheia

Na capital, o nível do rio Madeira vem mantendo a cota dos 13 metros com pequenas variações nos centímetros. No domingo, 23, o nível..

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Publicado: 27/12/2018 às 14h54min

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Na capital, o nível do rio Madeira vem mantendo a cota dos 13 metros com pequenas variações nos centímetros. No domingo, 23, o nível do Madeira, de acordo com a medição do Agência Nacional de Águas (ANA), estava em 12,82 metros, subindo para 13,40, na segunda-feira, 24. Na terça-feira, 25, houve nova elevação e o nível do rio chegou a 13,79, caindo para 13,65, na quarta-feira, 26.

Essa elevação do nível do Madeira, já preocupa os ribeirinhos e quem mora nas áreas mais baixas na área urbana de Porto Velho. A equipe da Defesa Civil da prefeitura de Porto Velho está em estado de alerta para qualquer eventualidade.

Devido à quantidade de chuvas vindas da Bolívia, principalmente das cabeceiras dos rios Beni e Madre de Dios, o nível do Rio Madeira tem aumentado drasticamente em comparação com o mesmo período do ano passado.

O rio que apresentava no final de dezembro de 2017 a média de 11,00 metros, este ano ultrapassou a meta chegando a registrar 13,95. Nesta quinta-feira (27) o rio apresenta a média de 13,67 metros.

Alguns bairros já estão sendo notificados pela Defesa Civil, o risco de alagamento nas áreas mais próximas do rio é iminente.

Nível atual está longe da cheia histórica de 2014

O Madeira é um dos principais rios do Brasil e o mais longo e importante afluente do rio Amazonas. No mundo, é um dos cinco rios mais caudalosos e o 17º mais extenso (3.240 km). Além disso, é um dos principais da América do Sul: sua bacia hidrográfica possui 125 milhões de hectares. Com denominações diferentes, o rio Madeira banha três países: Brasil, Bolívia e Peru. Além da importância ambiental, ele é essencial para a economia de muitas regiões, pois tradicionalmente proporciona a pesca, o transporte hidroviário e, em suas margens, o plantio de diversos produtos agrícolas.

LEIA TAMBÉM: Água cobre trecho da BR-429 em Rondônia e ameça isolar municípios

O rio recebe este nome, pois no período de chuvas seu nível sobe e inunda grandes porções da planície florestal, trazendo troncos e restos de madeira da floresta. O período chuvoso da região vai de dezembro a maio. Como o Madeira é um rio andino, suas águas sobem muito em períodos de degelo nos Andes ou de chuvas intensas.

A largura da calha chega a aumentar mais de dez vezes e ao mesmo tempo sua vazão aumenta significativamente. O aumento do volume faz com que as águas inundem campos e florestas. A força da vazão arranca as árvores do solo e as transporta ao longo do curso do rio. Essa característica requer especial atenção da ANA para que os impactos das cheias sejam evitados ou minimizados.

Em 2014 ocorreu a maior cheia no rio Madeira, com tempo de recorrência de, aproximadamente, 300 anos. O rio Madeira em Porto Velho atingiu a marca recorde de 19,74 metros em 30 de março de 2014, mais de 3 metros acima da cota de emergência estabelecida por órgãos públicos nesse local – 16,68 metros. Até então, a maior marca já registrada era 17,51 metros em abril de 1997. Comportamento semelhante foi observado nos rios Mamoré, Guaporé e Abunã, que também atingiram níveis excepcionais nesse ano.

A elevação gradual do nível dos rios produziu consequências importantes na dinâmica da região, seja no meio urbano ou rural. Trechos da BR-364, principal ligação do extremo oeste brasileiro com o país e única estrada que leva ao Acre, ficaram inundados por cerca de 3 meses, isolando o Acre do resto do país (em termos rodoviários).

Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia

Na capital, o nível do rio Madeira vem mantendo a cota dos 13 metros com pequenas variações nos centímetros. No domingo, 23, o nível do Madeira, de acordo com a medição do Agência Nacional de Águas (ANA), estava em 12,82 metros, subindo para 13,40, na segunda-feira, 24. Na terça-feira, 25, houve nova elevação e o nível do rio chegou a 13,79, caindo para 13,65, na quarta-feira, 26.

Essa elevação do nível do Madeira, já preocupa os ribeirinhos e quem mora nas áreas mais baixas na área urbana de Porto Velho. A equipe da Defesa Civil da prefeitura de Porto Velho está em estado de alerta para qualquer eventualidade.

Devido à quantidade de chuvas vindas da Bolívia, principalmente das cabeceiras dos rios Beni e Madre de Dios, o nível do Rio Madeira tem aumentado drasticamente em comparação com o mesmo período do ano passado.

O rio que apresentava no final de dezembro de 2017 a média de 11,00 metros, este ano ultrapassou a meta chegando a registrar 13,95. Nesta quinta-feira (27) o rio apresenta a média de 13,67 metros.

Alguns bairros já estão sendo notificados pela Defesa Civil, o risco de alagamento nas áreas mais próximas do rio é iminente.

Nível atual está longe da cheia histórica de 2014

O Madeira é um dos principais rios do Brasil e o mais longo e importante afluente do rio Amazonas. No mundo, é um dos cinco rios mais caudalosos e o 17º mais extenso (3.240 km). Além disso, é um dos principais da América do Sul: sua bacia hidrográfica possui 125 milhões de hectares. O volume das águas dos rios da Bolívia aumentam o nível do Madeira, com denominações diferentes, as águas dos Rios,Beni (BO) e Mamoré (Bo) formam o Rio Madeira. Além da importância ambiental, ele é essencial para a economia de muitas regiões, pois tradicionalmente proporciona a pesca, o transporte hidroviário e, em suas margens, o plantio de diversos produtos agrícolas.

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O rio recebe este nome, pois no período de chuvas seu nível sobe e inunda grandes porções da planície florestal, trazendo troncos e restos de madeira da floresta. O período chuvoso da região vai de dezembro a maio. Como o Madeira é um rio andino, suas águas sobem muito em períodos de degelo nos Andes ou de chuvas intensas.

A largura da calha chega a aumentar mais de dez vezes e ao mesmo tempo sua vazão aumenta significativamente. O aumento do volume faz com que as águas inundem campos e florestas. A força da vazão arranca as árvores do solo e as transporta ao longo do curso do rio. Essa característica requer especial atenção da ANA para que os impactos das cheias sejam evitados ou minimizados.

Em 2014 ocorreu a maior cheia no rio Madeira, com tempo de recorrência de, aproximadamente, 300 anos. O rio Madeira em Porto Velho atingiu a marca recorde de 19,74 metros em 30 de março de 2014, mais de 3 metros acima da cota de emergência estabelecida por órgãos públicos nesse local – 16,68 metros. Até então, a maior marca já registrada era 17,51 metros em abril de 1997. Comportamento semelhante foi observado nos rios Mamoré, Guaporé e Abunã, que também atingiram níveis excepcionais nesse ano.

A elevação gradual do nível dos rios produziu consequências importantes na dinâmica da região, seja no meio urbano ou rural. Trechos da BR-364, principal ligação do extremo oeste brasileiro com o país e única estrada que leva ao Acre, ficaram inundados por cerca de 3 meses, isolando o Acre do resto do país (em termos rodoviários).



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