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Diário da Amazônia

Ritmo de contratações cai e tem pior resultado

O ritmo de expansão do mercado de trabalho formal brasileiro teve uma queda forte em 2014. As contratações de trabalhadores com carteira..

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Publicado: 24/01/2015 às 04h40min | Atualizado 25/04/2015 às 08h01min

Balanço foi divulgado pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, em Porto Alegre

Balanço foi divulgado pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, em Porto Alegre

O ritmo de expansão do mercado de trabalho formal brasileiro teve uma queda forte em 2014. As contratações de trabalhadores com carteira assinada superaram as demissões em 396,9 mil vagas, um terço do resultado de 2013.

As demissões na indústria e na construção civil foram as principais responsáveis pelo fraco desempenho do mercado de trabalho no ano passado, o pior registrado pelo governo desde 2002.

Em dezembro, a expectativa era fechar 2014 com 700 mil novas vagas de trabalho criadas no ano. No entanto, as demissões do último mês, marcado pelo fechamento de postos criados para atender a demanda de fim de ano, excederam o esperado -foram 555,5 mil postos fechados.
Foi o pior dezembro desde 2008, quando foram fechadas 654,9 mil vagas.

Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Ministério do Trabalho.

SETORES

Os setores que sustentaram a criação de vagas foram o de serviços (476,1 mil postos) e comércio (108,8 mil postos).
Na indústria, 163,8 mil vagas foram fechadas em 2014. No ano anterior, a indústria havia ampliado em 122,8 mil vagas a sua força de trabalho formal.
O setor de material de transportes, afetado pela crise internacional e retração na demanda de importantes compradores, como Argentina, registrou a maior sangria, com 41,4 mil postos fechados.

As indústrias metalúrgica e mecânica, que compõem a cadeia automobilística, demitiram 29,9 mil e 18,5 mil trabalhadores em 2014, respectivamente.
A indústria têxtil e de vestuário fechou 20,8 mil postos, e a de calçados, 18 mil.

O único segmento da indústria que não demitiu foi de bebidas e alimentos, que expandiu o nível de emprego em 12,3 postos.
O setor de construção civil registrou uma queda de 106,5 mil postos.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo ministro Manoel Dias, em Florianópolis, Santa Catarina, justamente o Estado de melhor desempenho na criação de vagas formais de emprego, com 53,9 mil novos postos.



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