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PLANTÃO DE POLÍCIA

RO terá acesso a centro de análise de provas de crimes sexuais

Centro de análise de vestígios sexuais será fundamental para a resolução de crimes.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 12/03/2020 às 09h01min | Atualizado 12/03/2020 às 10h06min

Nos próximos dias, Rondônia terá acesso a modernos equipamentos de processamento genético para análise de provas coletadas em casos de crimes sexuais. A informação foi prestada pelo coordenador da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, Guilherme Jacques. Ele disse que um acordo de cooperação entre a Polícia Federal (PF) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) possibilitou a criação da plataforma de extração de DNA que funcionará no Centro Multiusuário de Processamento Automatizado de Vestígios Sexuais, no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília. “Esse centro multiusuário de processamento foi pensado para permitir que os estados também tenham acesso a esses modernos equipamentos”, acrescentou Guilherme Jacques.

Para estruturar o espaço que também atenderá os técnicos do Acre, Alagoas, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins, o governo federal investiu mais de R$ 3 milhões. Segundo Guilherme Jacques, a plataforma de extração de DNA instalada no centro multiusuário de Brasília é capaz de processar até 40 mostras de vestígios de crimes sexuais simultaneamente, e a mais de cinco mil provas por ano, podendo agilizar a solução de crimes, principalmente os de caráter sexual. “O centro multiusuário faz parte de toda uma política pública, de um projeto e de uma ação prioritária por parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública no sentido de fortalecer a rede integrada de bancos de perfis genéticos”, disse Jacques.

De acordo com o coordenador da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, um dos objetivos é acabar com as pendências de exames de DNA em todo o país. “Só de crimes sexuais há mais de 100 mil vestígios armazenados em todo o Brasil. Isso representa mais de 100 mil crimes. Muitas mulheres que foram ao IML se submeteram a um exame delicado, tiveram material coletado e ele não foi processado, ficando armazenados em um freezer”, disse Guilherme Jacques, acrescentando que em 2019 o ministério deu prioridade à coleta das informações genéticas de criminosos já condenados para posterior inclusão no Banco Nacional de Perfis Genéticos.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, também destacou a importância dos novos recursos para a elucidação de crimes e a consequente punição dos culpados. “Muitas vezes, confunde-se segurança pública com policiais na rua, o que é importante, mas a Segurança Pública significa criminoso na prisão, pagando pelos seus crimes. O combate aos crimes sexuais necessita da identificação dos culpados. E o Banco Nacional de Perfis Genéticos é um instrumento extremamente valioso para isso”, afirmou Moro.

Segundo o Ministério da Justiça, até dezembro de 2019 mais de 55 mil perfis genéticos de criminosos condenados já estavam cadastrados no Banco Nacional de Perfis Genéticos. As características genéticas de cerca de outros 12 mil detentos já tinham sido recolhidas e seriam incluídas no banco. Cada unidade da federação é responsável por coletar amostras de DNA dos condenados nas penitenciárias. Em seguida, as amostras são processadas em um dos laboratórios que compõe a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos e incluídas em seus respectivos bancos de dados.

De acordo com Guilherme Jacques, equipamentos semelhantes foram disponibilizados para 11 estados (Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo), todos dotados da necessária infraestrutura e com pessoal qualificado e em quantidade suficiente para operá-los.

 

Com informações da Agência Brasil



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