Telhado do terminal, conforme populares e trabalhadores locais, está cheio de goteiras
O terminal rodoviário intermunicipal Armelino Corá, localizado no centro atacadista de Cacoal, tem sido alvo de reclamações. Segundo cacoalenses, falta limpeza, conservação e o prédio apresenta goteiras no forro. São, pelo menos, dez anos sem investimentos.
“Além do valor do aluguel de cada box pago, ainda tem a taxa de embarque, seria justo que esse dinheiro fosse usado para pelo menos manutenção do prédio”, desabafou o supervisor de vendas de uma agência de viagens, Jervaz Batista. Ele informou que durante o mês de novembro as agências tiveram que improvisar lonas para proteger computadores, devido as goteiras. Atualmente os banheiros e guarda-volume estão sob a responsabilidade do Grupo Desbravadores da Igreja Adventista e a administração do terminal é de responsabilidade da prefeitura.
De acordo com a Lei Completar Estadual nº 366 de 6/2/2007, no art. 130, o valor arrecadado através de taxas de embarque – que varia entre R$ 8 mil e R$ 12 mil por mês – precisa ser aplicado integralmente em melhorias nas rodoviárias. Sobre o assunto a secretária de administração Sandra Cardoso, informou que o projeto para terceirização do local não foi aceito pelos vereadores no ano passado e será novamente encaminhado em 2015.
O projeto de lei que dispõe sobre a concessão de serviço público, precedida de obra, para exploração e administração do terminal do município foi devolvido pela Câmara de Vereadores ao poder Executivo municipal por não ter tido votos suficientes a favor da terceirização. “A concessionária deverá realizar a ampliação e reforma do terminal rodoviário, em conformidade com o projeto de execução da obra, garantindo investimentos, reforma e ampliação”, explicou o vereador Donizete da Sucam, se mostrando favorável a terceirização. Caso seja aprovado, o projeto permitirá que o administrador esteja à frente por 15 anos. A secretária Sandra afirmou que a prefeitura encaminhará novamente o projeto para ser apreciado pelos parlamentares.
Com base nos registros das empresas de transporte e Associação dos Taxistas de Cacoal (Atacar), só no último mês cerca de 20 mil pessoas passaram pela rodoviária. “Ficamos muitas vezes acostumados por ver a mesma situação todos os dias, mas quando um passageiro comenta sentimos vergonha até. Esperamos também apoio na estruturação do nosso espaço de trabalho”, lamentou o taxista Rubens Ribeiro.
“Está malcuidado aqui, até no lugar de sentar temos que colocar as bolsas porque está uma sujeira”, reclamou o servente de pedreiro Josué Dantas que aguardava embarque.
