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Diário da Amazônia

Rondônia avança no combate à praga que ataca lavoura cacaueira

Propriedades rurais são inspecionadas para garantir que o estado continue livre da Monilíase do Cacaueiro.

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Publicado: 15/11/2019 às 12h34min | Atualizado 16/11/2019 às 09h24min

 

Desde 2013, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron) vem realizando inspeções às propriedades rurais em que é feito plantio de cacau e cupuaçu. Neste ano, a Agência realizou levantamento em 1.122 propriedades, confirmando a ausência da Monilíase do cacaueiro no estado. A Monilíase do Cacaueiro é uma doença que ataca lavouras de cacau e de cupuaçu, causada pelo fungo ‘Moniliophthora roreri’. A Monilíase é muito agressiva e pode causar perdas de até 100% da produção de frutos.

O trabalho é feito conforme a Instrução Normativa MAPA n° 13 de 2012. Segundo Jessé de Oliveira Júnior, da Gerência de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Idaron, o levantamento foi realizado através de visita às propriedades que possuem cacaueiros ou cupuaçuzeiros, vistoriando os frutos em áreas comerciais, lavouras abandonadas, quintais produtivos ou quintais agroflorestais.

Jessé Oliveira informou que, mesmo estando o estado livre da praga, a Idaron está preparada para atuar de forma emergencial se um dia surgir algum foco. “Os servidores foram capacitados para atuar em casos de emergência e materiais para auxílio na detecção e contenção de focos estão sendo adquiridos pela Agência”, salientou.

 

MONILÍASE

Os sintomas da Monilíase nos frutos são: manchas de coloração chocolate ou castanho-escuro, que aparecem entre 45 e 90 dias após a infecção e posteriormente; pó branco envolta do fruto, que aparece de 5 a 12 dias. Esse pó se solta dos frutos em grande quantidade. Além do cacaueiro, o cupuaçuzeiro e outras espécies silvestres podem ser afetados e transmitir a doença.

A praga ainda não foi detectada no Brasil, mas está presente na América Central, Caribe e, na América do Sul, em países que fazem fronteira com o Brasil, como a Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela, por isso Rondônia é considerada de alto risco para a entrada da praga no país.

A praga pode ser levada pelo vento, chuva, insetos e animais silvestres, mas somente por meio do homem atinge grandes distâncias, através de material contaminado, como roupas, utensílios, sementes e frutos, dentre outros. Caso algum produtor encontre algum fruto com suspeita da doença, os frutos não devem ser retirados da planta. O local deve ser isolado e o produtor deve comunicar a Agência Idaron o mais rápido possível pelo site ou pelos telefones Disque Idaron – 0800 643 4337, Disque denúncia – 0800 704 9944.

Fonte: Idaron



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