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Diário da Amazônia

Rondônia patina na geração de empregos

Apesar de Rondônia estar com as finanças equilibradas e o pagamento do funcionalismo público em dia, a situação é bem diferente..

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Publicado: 21/12/2018 às 09h17min

Apesar de Rondônia estar com as finanças equilibradas e o pagamento do funcionalismo público em dia, a situação é bem diferente quando o assunto é geração de empregos. O Estado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregos (Caged), está em penúltimo lugar na geração de postos de trabalhos, perdendo apenas para o Tocantins.
Os números do Caged também mostram que Rondônia fechou novembro com saldo negativo de emprego (-640).

Na região Norte, o maior crescimento do número de postos de trabalho foi no Estado do Pará (557 empregos). Rondônia é um estado rico e tem forte vocação na agricultura, mas ainda falta incentivo por parte dos governos para mudar esses números.

A tendência é o mercado começar o novo ano com um pífio número de carteiras assinadas. Alguns Estados, a exemplo de Rondônia, Paraná e São Paulo, conseguiram se recuperar da crise econômica produzida pelos escândalos de corrupção.

Rondônia, cuja força está concentrada no agronegócio, enfrentou um das maiores baixas na geração de empregos durante o ano 2018. O Paraná, também tem atraído vários investidores e se destacado nos últimos meses com a criação de empregos. São Paulo teve a economia puxada pelo aumento da produção de automóveis.

O problema maior é o peso da carga tributária. Muitas empresas não conseguem sobreviver por muito tempo e, no começo do ano, sofrem para colocar em dia as obrigações trabalhistas, previdenciárias, além da renovação de taxas, IPTU e outras autorizações de funcionamento. Nunca na história do Brasil o empresário pagou tanto impostos.

O pequeno empresário quer gerar emprego e faz tudo para não demitir, mas os últimos ajustes econômicos só produziram prejuízos ao setor. O maior deles é o aumento da tarifa de energia elétrica, autorizado pela Agência Nacional de Energia (Aneel) neste mês e que representa um percentual de 27% nas grandes indústrias.

Se o próximo governo tem grande interesse em superar a crise, herdada pela gestão de Michel Temer (MDB), não será aumentando o valor da tarifa de energia que novos empregos serão gerados em 2019. O futuro presidente, Jair Bolsonaro (PSL), precisa dar mais apoio aos pequenos e grandes empresários que geram empregos e renda, mas que muitas das vezes são impedidos de gerar novos postos de trabalho por conta do aumento dos impostos e contribuições previdenciárias.



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