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SAÚDE

Rondônia registra mais de 1500 acidentes com animais peçonhentos

Agevisa alerta a população sobre o aumento das ocorrências de acidentes por animais peçonhentos no período das chuvas no estado.

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Publicado: 13/11/2019 às 08h39min

Foto: ilustrativa

Mais de 1.500 de acidentes com animais peçonhentos foram registrados em todo o estado até o dia 11 deste mês. Por conta disso, a Agência Estadual de Vigilância de Saúde (Agevisa) alerta a população e reforça seu planejamento e estratégia de atuação para enfrentar e dar resposta a este problema de saúde pública que tende aumentar durante o período de chuvas e cheia dos rios em toda a Amazônia. Segundo o médico veterinário Cesarino Júnior Lima Aprígio, gerente de Vigilância em Saúde Ambiental da Agevisa, este período, de fato, é o mais crítico do ano em relação aos ataques de animais peçonhentos em Rondônia. Ele explicou que as pessoas precisam se precaver e adotar posturas que inibam os acidentes, visto que, que as chuvas potencializam o crescimento da vegetação próxima às residências, formando um ambiente propício para abrigo e reprodução desses animais perigosos, principalmente com o acúmulo de lixo doméstico.

Cesarino Aprígio informou que até o dia 11 deste mês, 930 pessoas foram picadas por cobras, e cerca de 700 pessoas foram atacadas por outros animais peçonhentos não menos perigosos em Rondônia, como as arranhas, escorpiões, lagartas e abelhas, números que, segundo ele, devem aumentar mais nesta época do ano se as pessoas não adotarem medidas protetivas e salubres (limpeza) nas residências e no ambiente de trabalho, como o uso de botas, por exemplo, durante a realização de tarefas no quintal de casa e nas áreas de lavouras e plantações agrícolas.

O gerente explicou também que a Agevisa sempre atua vigilantemente com atenção redobrada no monitoramento das regiões de risco, destacando que mantem estoque de soro antiofídico (contra picada de cobra, aranha e escorpiões), em todas as regionais e serviços de saúde do Estado, mesmo com as dificuldades do Laboratório Butantã – que produz o soro no Brasil -, que está trabalhando em três turnos para atender demanda por este tipo de medicamento, eis que não é um insumo que se pode importar, visto que não existe similaridade de composição entre o veneno da cobra brasileira com qualquer outra cobra do mundo. “Por isso é que o antídoto tem de ser produzido com o veneno da cobra brasileira, e usado preferencialmente daquela da mesma espécie que provocou o ataque, acidente”, disse Cesarino Júnior.

Em Rondônia, por sua natureza climática e geográfica, as principais ocorrências decorrem das picadas de serpentes (cobras), aranhas, escorpiões, abelhas e besouros, segundo dados da Agevisa, que indica os telefones 190 e 193, do Batalhão da Polícia Militar Ambiental e do Corpo de Bombeiros Militar, que são instituições do Poder Público aptas a lidar com essas situações (muito peculiares), e parceiros da Agência de Vigilância em Saúde do Estado de Rondônia.

Fonte: Secom



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