Porto Velho/RO, 26 Março 2024 08:37:42
Cidades

Ruas e avenidas estão intrafegáveis em Cacoal

A prefeita Glaucione Rodrigues, que em agosto de 2018, recebeu uma usina de asfalto, mas as promessas não foram cumpridas

A- A+

Publicado: 20/12/2018 às 09h31min | Atualizado 20/12/2018 às 09h34min

Trafegar pelas ruas e avenidas de Cacoal é um verdadeiro teste de paciência, que muito incomoda os moradores da cidade de quase 100 mil habitantes. A malha viária está quase toda comprometida, impedindo em alguns trechos o acesso de veículos e até a passagem de pedestres. A prefeita Glaucione Rodrigues, que em agosto de 2018, recebeu uma usina de asfalto do governo do Estado através do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), com capacidade de produção de 80 toneladas por hora de massa asfáltica, caiu no descrédito após tantas promessas não cumpridas.

Foto: Divulgação

Na rua Barão de Mauá, no bairro BNH Nova Esperança, é quase impossível trafegar ou estacionar os veículos, pois são tantos buracos, que os moradores praticamente já perderam a esperança. “Está muito complicado até para entrar em casa. A gente vem com o carro, desvia de um, mas acaba caindo em outro, o que pode causar prejuízos ao veículo. O que me entristece é a falta de comprometimento da atual gestão em resolver o problema. A cidade está abandonada, esquecida”, lamentou Maria Inês, analista de crédito.

O professor aposentado Dimas Maldonado mora há mais de 30 anos em Cacoal e disse que nunca, nessas três décadas viu tamanho descaso. “Estamos em estado de abandono. Já vimos essa cidade bem cuidada em gestões anteriores. Sabemos das dificuldades que existe, mais nesse momento a cidade virou um caos”, desabafou.

Estamos em estado de abandono. Já vimos essa cidade bem cuidada em gestões anteriores. Sabemos das dificuldades que existe, mais nesse momento a cidade virou um caos.

Na tentativa de amenizar os problemas, a prefeita Glaucione Rodrigues lançou o Projeto “Solo Cimento” para recuperar a malha asfáltica mas, sem sucesso. O projeto previa a mistura de cimento, cascalho e brita que seria utilizado na operação tapa-buracos, ao invés de resolver o problema, só agravou.

“Nunca vi em toda minha existência, misturar terra, brita e cimento para recuperar ruas e avenidas, aqui em Cacoal isso acontece, mas não funciona. Sabe para onde vai essa brita quando chove? Lá para rede de esgoto, entupindo a tubulação e causando alagações como já mostramos. Utilizaram nesse projeto 1200 sacos de cimento e brita dinheiro totalmente perdido, sabe por que, porque a cidade continua um caos”, declarou Mario Moreira (Jabá), vereador.

LEIA TAMBÉM

Gestão de Glaucione não avança em dois anos

Transporte escolar de Cacoal põe em risco a vida de estudantes

No período das chuvas, poças d’ água são comuns. – Foto: Divulgação

Na rua Almirante Barroso os moradores sentem na pele essa problemática. “Ta horrível andar aqui em Cacoal. Há poucos dias estourei o pneu do meu carro. Às vezes somos obrigados a subir nas calçadas, por que as ruas não oferecem condições de trafego, é vergonhoso. De tudo que a prefeita prometeu, nada ela cumpriu”, criticou Orlando Pereira, comerciante.

“É vergonhoso o que estão fazendo com nossa cidade. Nunca vivemos uma situação tão lastimável como essa, de chegarmos ao ponto de não termos opções aos trafegar. Se tentar encurtar a distância utilizando outras rotas, a situação pode ser ainda pior”, falou Antônio Pereira.

É vergonhoso o que estão fazendo com nossa cidade. Nunca vivemos uma situação tão lastimável como essa, de chegarmos ao ponto de não termos opções aos trafegar. Se tentar encurtar a distância utilizando outras rotas, a situação pode ser ainda pior.

A prefeita Glaucione Rodrigues, quando assumiu o município tinha em caixa R$ 35 milhões de recursos federais e estaduais e R$ 6 milhões de orçamento próprio. A pergunta que continua sem resposta, é onde esses recursos foram aplicados nesses dois anos de administração. Já que nem a usina cedida pelo governo do Estado entrou em operação.

CONFIRA GALERIA DE IMAGENS

Além dos equipamentos, Cacoal recebeu R$ 8 milhões em recursos para a compra de equipamentos para a usina. “O que vimos nesse período foi muitas promessas, e pouco resultado. Agora mesmo estão falando que vão colocar a usina em operação, será! Não temo como acreditar em mais nada nessa gestão. Sabe por quê? Foi feito no ano passado um recapeamento de R$ 5.341. 346, 76 via recursos federais. Fizeram na época errada, em pleno inverno amazônio. Um processo que está no Ministério Publico contra a empresa JZB, executaram R$ 2 milhões. Eu, o presidente da Câmara Paulinho do Cinema, o vereador Castelinho e Pedro Rabelo, comunicamos a Caixa Econômica do erro cometido, e projeto foi suspenso o trabalho, mais ninguém respondeu sobre os R$ 2,5 milhões que foram aplicados”, denunciou Jabá.



Deixe o seu comentário



Mais sobre Cidades