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Editorial

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Publicado: 26/06/2020 às 05h47min

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Saneamento básico pode solucionar doenças

O novo Marco Regulatório do Saneamento Básico, aprovado pelo Senado Federal, estará proporcionando à iniciativa privada meios para..

O novo Marco Regulatório do Saneamento Básico, aprovado pelo Senado Federal, estará proporcionando à iniciativa privada meios para propor parcerias com o poder público para resolver o grande problema de falta de infraestrutura básica no país. É certo que os estados e municípios não tem recursos para implantar os serviços, a União também não possui fontes que possam tocar essas obras, e, quem sabe, através das PPPs (Parcerias Público Privada) o povo brasileiro possa ter melhor padrão de saneamento. 

A ausência de infraestrutura básica nos municípios tem gerado um custo exorbitante para a saúde. Sem água tratada e sem esgotamento sanitário, a população consome água infectada e o resultado é a população doentia e constantemente nas filas de unidades de saúde. São doenças endêmicas que poderiam ser evitadas com a higienização correta e boa qualidade da água consumida.

Rondônia é um triste exemplo desse caos. A quebrada estatal Caerd (Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia) rasteja para manter o que existe hoje de redes de água e de esgoto. Alguns municípios resolveram municipalizar o serviço para fugir da ineficiência do Estado neste setor. Temos uma população doentia que vive às portas das unidades de saúde, sofrendo de doenças provenientes de verminoses, infecções e outras chagas. Resolvendo o problema de infraestrutura é esperado que, consequentemente, se diminua a quantidade de doentes.

 Dados do Sindcon (Sindicato da Construção Civil) de uma população maior que 1,7 milhão de habitantes, Rondônia tem hoje cerca de 1,6 milhões de pessoas vivendo sem os serviços de esgotamento sanitário. Os desejos lançados em fossas sépticas contaminam e lençol freático e os coliformes vão parar dentro dos poços de água. O Sindcon também estima que 861 mil rondonienses vivam sem o abastecimento de água tratada e encanada. Sem esse serviço, essa população consome a água contaminada, adoece e padece.

Por essa razão a aprovação do novo Marco Regulatório do Saneamento Básico pode ser a redenção para o problema. A população pagará mais caro por isso, mas o custo benefício será compensador, considerando que terá melhor saúde e bem-estar.


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