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Diário da Amazônia

Santo Antônio não forneceu garantias para pagar prejuízo de agosto na CCEE

A Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela usina de mesmo nome no rio Madeira (RO), informou na sexta-feira (19) que não..

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Publicado: 22/09/2014 às 19h27min | Atualizado 29/04/2015 às 02h18min

A8-USINA-DE-SANTO-ANTONIO-FOTO.RONI-CARVALHO-2014-1-copy1A Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela usina de mesmo nome no rio Madeira (RO), informou na sexta-feira (19) que não conseguiu levantar R$ 266 milhões junto a instituições financeiras para realizar um depósito de garantias na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Segundo comunicado da companhia, a CCEE exigiu que as garantias fossem apresentadas até esta sexta. O valor exigido pela câmara é para garantir o deficit de geração de Santo Antônio durante o mês de agosto. O pagamento deverá ser feito no próxima liquidação do mercado de curto prazo, em outubro.
Santo Antônio, por outro lado, afirmou que convocou uma assembleia de acionistas para o dia 6 de outubro para deliberar uma nova injeção de recursos no total de R$ 1,14 bilhão.

A maior parte desse valor será usada para honrar as dívidas com o consórcio construtor, formado por Odebrecht e Andrade Gutierrez, que chegam a R$ 700 milhões. O restante será utilizado para equilibrar o caixa da usina.
Caso o investimento seja realizado, Santo Antônio teria condições de pagar novos prejuízos aferidos no mercado de curto prazo, segmento que é obrigada a recorrer para comprar a energia que não consegue produzir.

No dia 5 de setembro, os sócios já haviam aprovado uma injeção de R$ 850 milhões para arcar com os prejuízos contabilizados entre abril e julho no mercado de curto prazo, que somaram R$ 860 milhões.

A Folha de S.Paulo revelou, em 3 de setembro, que Santo Antônio receberia um investimento total de R$ 1,95 bilhão para arcar com a dívida no mercado de curto prazo e pagar o consórcio construtor, que não recebe há dois meses.
Segundo os últimos comunicados feitos por Santo Antônio, o valor total da injeção deve chegar a R$ 1,99 bilhão.

A nova injeção deve seguir a mesma regra da primeira ao manter a participação acionária de cada sócio na usina.

Segundo essa lógica, a Furnas contribuiria com 39% do valor total, a Odebrecht com 28,7%, a Andrade Gutierrez com 12,4%, a Cemig com 10% e o FI-FGTS com os 9,9% restantes.



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