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Editorial

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Publicado: 06/08/2020 às 08h31min

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Saúde precisa expandir para o interior do País

A pandemia do novo coronavirus e o alto índice de contaminação da população brasileira pela Covid-19, mostrou que a saúde pública e..

A pandemia do novo coronavirus e o alto índice de contaminação da população brasileira pela Covid-19, mostrou que a saúde pública e a privada não estavam preparadas para o socorro em grade escala. Além da falta de equipamentos, insumos e medicamentos, as unidades hospitalares estão desprovidas de profissionais para atendimentos em grade escala. O mundo está em alerta porque o risco de novas pandemias é considerado possível diante da tendência de guerra biológica. 

E não apenas isso. A saúde no Brasil ainda precisa avançar muito, principalmente no vasto interior. O país tem ao todo, 5.570 municípios e mais os distritos, vilas, localidades, povoados, aldeias indígenas, quilombos e outras bases de povos. É um território imenso com diversos isolamentos e distanciamentos causados por dificuldade de acessos. Esses povos padecem de doenças e enfermidades e se quer tem um comprimido para aliviar e muito menos há quem possa receitar.

A pandemia mostrou a fragilidade das grandes cidades e, principalmente, as fragilidades da saúde nos municípios de interior. Após a pandemia vai sobrar UTIs em alguns lugares que podem muito bem serem redistribuídas para lugares mais distantes, onde não tem esses aparelhos e nem ambulâncias para o socorro de pacientes em estado grave.

A proposta defendida pelo senador Acir Gurgacz (PDT-RO) de antecipação do Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira) é importante para que as unidades de saúde tenham profissionais para atender a população. Os milhares de médicos formados e que não podem atuar simplesmente por falta de um ato legal, podem ajudar a levar saúde mínima necessária aos povos mais longínquos desse imenso Brasil. Com mais médicos, mais UTIs, mais remédios, mais insumos e mais boa vontade política-administrativa, o Brasil poderá superar esse déficit e resguardar a população de futuras mortes que podem ser evitadas.


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