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Publicado: 17/04/2020 às 10h03min

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Se você acha que o Brasil é a “casa da mãe Joana”, acertou na mosca

Frase do dia “Espero que este decreto de calamidade não seja para fazer rolo” – Laerte Gomes, presidente da ALE para o secretário..

Frase do dia

“Espero que este decreto de calamidade não seja para fazer rolo” – Laerte Gomes, presidente da ALE para o secretário Fernando Máximo sobre o decreto de calamidade pública do Executivo.  

1-Bate cabeça brazuka I

             

Há 30 dias quando a crise era debate, o governo editou o decreto 10277 criando o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19. Lá no início o nome de quem manda no bolicho: o Chefe da Casa Civil. Com a crise a necessidade de um herói e Mandetta que é do pantanal pulou na onça. Um baita erro já que o dono da onça é o Capitão e deu ruim. A OAB na guerra contra Bolsonaro foi ao STF para frear a onça, o dono e o jóquei. O ministro anuiu em parte em 1º de abril, dia da mentira. Para ele estados e municípios decidam harmonicamente o que fazer em seus grotões.  Em 30 dias cravados o Brasil girou, girou sem sair do lugar. É nóis! 

2-Bate cabeça brazuka II

Essa história aí de cima tinha tudo para dar errado e deu. O STF decidiu ontem que cada um faça do jeito que quiser ou seja, se você acha que o Brasil é a “casa da mãe Joana”, acertou na mosca. O decreto lá de cima é nada e o Presidente da República se vacilar será apenas um soldadinho de chumbo fardado. E como cada um manda num quartinho da zona, os Ministérios Públicos Federal, do Trabalho, do DF e de Contas do DF atropelaram as letras do Executivo e o Judiciário – hoje – e pularam sobre governador Ibaneis do DF que liberou o funcionamento de várias lojas. Pensando bem, a Casa da Maria Eunice era bem mais organizada que a ZBM de Brasília. Ora se… 

3-Bate cabeça beradeiro 

Estribado no que determinou o STF, o prefeito Hildon Chaves editou um decreto que trazia um alento aos empresários e empregados de Porto Velho determinando a abertura gradual de lojas, e serviços que estavam proibidos de funcionar, mas ressaltando que os cuidados prescritos nos protocolos dos órgãos de saúde deveriam ser mantidos. Estava quase lá, mas o juiz Audarzean da Silva pôs o dedo no decreto e disse não, visto que o decreto do prefeito não pode se sobrepor ao decreto do governador. Está claro que a procuradoria do município deve apresentar recurso contra a decisão do juiz. Aí o Zé de Nana chiou: “e o decreto do governo é mais forte do que o STF”? Ora, se até o Zé de Nana fica na dúvida que tal um rolê na Casa da Maria Eunice? Pois é. 

4-Comendo pelas bordas

Por falar em prefeito, enquanto os “prefeitáveis” nem podem fazer reuniões face ao isolamento, o prefeito Hildon Chaves é obrigado a acelerar sua agenda de serviços na área urbana e rural para combater a pandemia. Como a decisão do STF dá mais poderes a prefeitos e governadores o protagonismo regional ganha espaço pois os mandatários podem inclusive ampliar e restringir o que o governo federal diz que é essencial. Assim, quem pode mais, pode menos e com verbas adicionais para combater a pandemia, as estradas eleitorais ficam com aparência de freeway. 

5-E por que não?

A classe política e a de servidores públicos está trabalhando pelo sistema home-office e o Brasil tem um ganho adicional com isto. Viagens de avião, funcionamento da parafernália do plenário, uso de veículos, rapapés dos tribunais, papel, reuniões para nada produzir e mais penduricalhos. E se ousássemos mais reduzindo o número de senadores para 27 – um por estado – e deputados 81 – 3 por estado. E eliminássemos a figura do vice desde vice-presidente até vice-prefeito. E se todo vereador ganhasse apenas um salário mínimo e auxilio para locomoção. E se nos tribunais superiores o juiz assumisse só depois de 10 anos de magistratura e por concurso e tivesse uma equipe de só 10 assessores? E o fim dos tribunais de contas? E se fôssemos parlamentaristas? E as penas ocorressem após sentença em segunda instância? Pois é… sonhar não paga imposto.

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sobre Política & Murupi

Leo Ladeia é baiano de Itororó, torcedor do Bahia ou um pau rodado que apoitou por aqui. Começou como radialista na Rádio Vitória Régia aos 55 anos. Apresentou o programa Lendas do Rock na rádio Parecis. Na SIC TV como aqui no Gente de Opinião Léo Ladeia fez de tudo. Astronauta, boy, pintor, poeta e pedreiro. Mutante, gosta de experimentar e de desafios, atualmente Ladeia está trabalhando no Rede TV Rondônia, canal 17,do Sistema Gurgacz de Comunicação.