Porto Velho/RO, 26 Março 2024 09:39:21
PLANTÃO DE POLÍCIA

Segurança Pública divulga balanço da operação Araripe

Operação “Araripe II” põe fim às investigações do “Novo Cangaço”

Por Da Silva Diário da Amazônia
A- A+

Publicado: 04/11/2015 às 07h15min

Secretário de Segurança, Antônio dos Reis, durante coletiva ontem na Polícia Civil

Secretário de Segurança, Antônio dos Reis, durante coletiva ontem na Polícia Civil

Em coletiva à imprensa local, o secretário de Segurança Pública do Estado, Antônio dos Reis, divulgou ontem os resultados da “Operação Araripe II”, que tinha como objetivo principal investigar as atuações de uma quadrilha de assaltantes que tinha como líder o condenado da Justiça, José Hamilton da Silva, o “Cearazinho”, apontado como autor de dezenas de assaltos de grande porte em todo o País. O líder do grupo criminoso foi morto há cerca de 20 dias em confronto com as polícias do Ceará e Pará.

Atuando na modalidade de um tipo de crime recente, classificado como “Novo Cangaço”, Cearazinho, segundo as informações, chegou a realizar vários roubos a bancos e instituições financeiras diversas. Os estados do Ceará, Pará e Rondônia comportaram os casos mais expressivos do bando. Uma das características do “Novo Cangaço”, de acordo com as informações do secretário Antônio dos Reis, é a alta performance dos bandidos, fazendo uso de armamento pesado e estratégia de rendição de quartéis militares e delegacias. Atuando sempre em cidades pequenas, os bandidos aterrorizaram com a pressão violenta de suas formas de imobilização. No estado de Rondônia, distrito de Jaci-Paraná, o bando realizou um roubo e, na ocasião, matou o sargento PM Silvério.

Desde a fuga do presídio Urso Branco, em Porto Velho, o líder criminoso Cearazinho vinha sendo procurado pelas polícias rondonienses. Assim, em meados de 2015, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), recebeu informações de que um grupo de criminosos atuava na capital. Foram identificados, de início, além de José Hamilton, Adilson Siderval de Souza, o “PI”, Charles Dione Oliveira, o “Dioninho”, Mário Luiz Teixeira de Oliveira, o “Lu”, Nunes Azevedo Nascimento e Rodolfo Diogo.

Segundo levantamento preliminar, alguns integrantes do grupo seriam especializados no tráfico de drogas, com a finalidade de utilizar os valores amealhados no financiamento de roubos, principalmente contra instituições financeiras. Ainda, já nesta fase, existia a notícia de que o bando se articulava para um ataque a carro forte na região de Porto Velho, nos moldes da ação de “Cearazinho”, no ano de 2013, na BR-319, que liga Porto Velho a Humaitá-AM. Para o secretário Reis, o caso segue agora para encerramento das investigações, faltando apenas o confrontamento de algumas informações.



Deixe o seu comentário