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Política

Seguro defeso deve ser pago na próxima semana

Pescadores de Porto Velho aguardam para a próxima semana o pagamento da parcela extra do Seguro Defeso, prometido em março pela..

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Publicado: 06/07/2014 às 21h17min | Atualizado 28/04/2015 às 01h36min

defesoPescadores de Porto Velho aguardam para a próxima semana o pagamento da parcela extra do Seguro Defeso, prometido em março pela presidente Dilma Rousseff, quando esteve na Capital rondoniense, em virtude da cheia do rio Madeira, que levou o Estado à calamidade pública.
A presidente da Colônia dos Pescadores Z-1 Tenente Santana, Marina Gomes, disse que esteve em Brasília para verificar junto ao Ministério do Trabalho a liberação do pagamento e foi informada que até o final de junho o recurso para uma parcela estaria disponível nas contas dos cerca de cinco mil pescadores cadastrados, o que ela acredita que deverá acontecer pelo menos até o dia 2 de julho. Além de Porto Velho, serão beneficiados pela prorrogação os pescadores de Nova Mamoré e Guajará-Mirim.

O valor corresponde a um salário mínimo e é a prorrogação do Seguro Defeso, devido aos pescadores durante o período da piracema, quando a pesca profissional fica proibida devido à desova das várias espécies, e dura três meses. Em função da enchente registrada em Rondônia, que inviabilizou o retorno dos pescadores às atividades em março, o Governo Federal prorrogou o benefício para mais três meses, no entanto, os pescadores temem que as outras duas parcelas não venham a ser pagas. Segundo Marina Gomes, quando esteve na capital federal, soube que os técnicos ainda estavam buscando na legislação uma forma de assegurar aos pescadores o direito de receber a prorrogação. “Até agora, estamos aguardando a publicação pelo Ministério da Pesca”.

A Piracema é o período de reprodução de diversas espécies de peixes. Ocorre a subida dos cardumes para as áreas de cabeceira dos rios onde se dá a desova. É uma temporada de restrições na pesca, para que as espécies sejam preservadas. Sua duração é de 1ºde novembro a 28 de fevereiro.
Mesmo desanimado com a demora no pagamento de mais uma parcela do Seguro Defeso, o pescador Sebastião Desmarest estava logo cedo no Flutuante da Colônia de Pescadores no Cai n’Água.

Dos 59 anos que está para completar, Sebastião, diz com orgulho que percorre as águas do Madeira, antes mesmo de pronunciar as primeiras palavras. Como pescador documentado tem 40 anos. Embora hoje não frequente as águas da bacia amazônica com a mesma frequência que antes, ainda assim tira das águas parte do seu sustento e lembra que a enchente trouxe muita tristeza para a classe de pescadores. “Muitos amigos perderam tudo”. E considerou de grande valia a oferta da presidente Dilma Rousseff, quando disse que prorrogaria o Seguro Defeso por mais três meses.



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