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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 28/10/2020 às 08h51min

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Seis candidatos ficaram praticamente invisíveis na primeira pesquisa do Ibope em Porto Velho

Briga de foice Nas eleições deste ano, as mais transparentes da história, com todos se vigiando entre si e o Ministério Público..

Briga de foice

Nas eleições deste ano, as mais transparentes da história, com todos se vigiando entre si e o Ministério Público eleitoral vigiando a todos, além da polarização entre grupos populistas que levou à vitória do bolsonarismo contra o lulismo em 2018, ocorre também uma feroz luta interna nos partidos. Suas alas se engalfinham como se estivessem às voltas com os piores inimigos externos. 

Em vários partidos a luta caseira se acomoda pela habilidade dos caciques com experiência em distribuir quinhões, mas no PSL, foco básico do bolsonarismo, a briga entre elas extrapolou os limites e chegou à mídia como guerra de morte justamente por algo que muitos criticavam: as verbas do Fundo Eleitoral.

Apesar da exposição ruidosa da luta intestina do PSL, nenhum outro grande partido está imune ao embate por nacos mais robustos da pilha de dinheiro reservada à campanha eleitoral. Por mais que se mantenha a queda de braço nos limites de cada sigla, o que salta à vista é o peso dos caciques na distribuição de verbas. Na falta de critérios legais, quem manda decide o destino dos recursos. Esse fato reforça a urgência da democracia interna nos partidos, raríssima na atualidade. O que mais se vê são partidos com donos que amoldam a militância aos próprios currais. No fundo (inclusive eleitoral), o que há é elitismo partidário. Com muito favor, é uma semidemocracia. 

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Os invisíveis

Seis candidatos foram quase invisíveis na primeira pesquisa Ibope sobre o pleito em Porto Velho, queimando a largada. Foram eles 1-Edvaldo Soares (PSC) 2-Geneci Gonçalves (PSTU) 3 –Leonel Bertolim (PTB) 4-Samuel Costa (PC do B) 5-Ronaldo Flores (Solidariedade) além de Ted Wilson (PRTB) que teve a candidatura indeferida, e então desistiu da peleja. Também foram mal aquinhoados nas sondagens eleitorais Pimenta de Rondônia (PSOL) e Ramon Cujui (PT), embora num patamar acima dos “invisíveis”.

O significado

O que representa os números referentes a largada em Porto Velho? Primeiramente a tendência de rolar um segundo turno, tal a fragmentação dos votos com tantos postulantes. O segundo ponto é importante, pois se trata dos indecisos, uma multidão em condições de colocar o lanterninha Geneci Gonçalves na ponta num eventual efeito manada a seu favor. Indica também tendência nesta altura do campeonato da passagem para o segundo turno do prefeito Hildon Chaves (PSDB) e Vinicius Miguel (Cidadania).

O bolsonarismo

Ao mesmo tempo, como ocorre em outras capitais, temos os candidatos do bolsonarismo rachados e com isto dificultando o acesso deles ao segundo turno em Porto Velho. Para eles, Eyder Brasil (PSL), Breno Mendes (Avante) e Lindomar Garçon (Republicanos), são duas brigas para atingir o segundo turno. A primeira, se destacar no segmento bolsonarista, e a segunda peleia é com os demais candidatos mais a frente, que são Vinicius Miguel e Hildon Chaves.

Voto útil

O cara-pálida portovelhense vai observar a partir desta semana como funciona o voto útil. Na oposição o eleitor contrário ao poder tucano de Hildon/Expedito que aí está, já está definindo quem considera o melhor nome em condição de enfrentar a poderosa coalizão do atual alcaide. Na largada, o eleitor, conforme as pesquisas, indicava inicialmente Vinicius Miguel como provável nome oposicionista para o enfrentamento posterior. Mas até o dia a eleição muita coisa pode mudar.

Queda livre

Com o voto útil, candidatos até agora bem aquinhoados pelas sondagens eleitorais poderão perder folego para o macho alfa da oposição – e até entrar em queda livre. Neste momento alguns candidatos oposicionistas buscam a polarização com o prefeito, alinhando a mesma estratégia: taca-lhe o pau no atual mandatário tucano, como fazem principalmente Breno Mendes (Avante) e Eyder Brasil (PSL). Cristiane Lopes (PP) e Garçon (Progressistas) com menos intensidade.

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Via Direta

***Os caciques regionais estão participando das eleições municipais de olho em  2022, na disputa do governo do estado e uma cadeira ao Senado ***Ao governo, além do próprio governador Marcos Rocha (sem partido), o senador Marcos Rogério (DEM), o empresário Jayme Bagatoli (PSL), o deputado federal, atual presidente estadual do MDB Lucio Mosquini e ao  Senado, Expedito Junior (PSDB), Leo Moraes (Podemos), Mauro Nazif (PSB), entre outros nomes também cogitados *** Trocando de saco para mala: já começaram  na capital as visitas aos cemitérios de Santo Antônio e Inocentes por conta do Dia de Finados numa temática dos entes queridos evitar grandes aglomerações no feriado *** Os ambulantes também estão monitorados e com área restrita para manter o isolamento social tão cobrado pesos infectologistas.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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