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Editorial

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Publicado: 02/08/2019 às 09h53min | Atualizado 02/08/2019 às 09h55min

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Selic menor alivia as dívidas e aumenta o consumo

O Banco Central tomou uma decisão que causou ânimo no mercado de consumo com a redução da Taxa Selic, que indica queda das taxas de..

O Banco Central tomou uma decisão que causou ânimo no mercado de consumo com a redução da Taxa Selic, que indica queda das taxas de juros do crédito. O Comitê de Política Monetária (Copom) limitou em 6% ao ano, e isso deve elevar o consumo e dar certa reação na economia que está estagnada. A decisão foi necessária para que o País não termine o ano em colapso. O primeiro semestre não foi nada animador, diante de expectativas de reformas e dos atropelos políticos que causaram insegurança política.

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.

A redução da Selic foi anunciada no mesmo dia em que foi noticiado que o percentual de endividamento das famílias continua crescendo. Neste ano já chega a 64% em junho e 64,1% em julho. Com esse endividamento, o brasileiro passa a trabalhar somente para pagar parcelas e juros, vivendo como escravo de contas a pagar. O percentual de endividados, ou seja, de pessoas que têm dívidas em atraso ou não, também cresceu na comparação com julho do ano passado, quando a proporção era de 59,6% das famílias.

Esse tipo de condição somente favorece aos banqueiros que lucram muito com os juros altos, enquanto que o consumo retrai, porque o endividamento breca qualquer poder de compra. O efeito cascata afeta primeiramente o comércio que vende menos, e depois a indústria que passa a produzir menos. Na sequência aparece o desemprego e crescem os problemas sociais.

Com a redução da taxa Selic os juros para empréstimos caem, e com isso aumenta o consumo de imediato. As pessoas passam a construir, reformar, comprar, vender, enfim, o comércio gira. O ânimo reacende e as pessoas passam a projetar e executar novas ações de consumo. É uma sincronia nesse conjunto de engrenagens que move a economia.

A redução da Selic é boa medida, mas não a solução. O País precisa de projeto de desenvolvimento com ações a médio e longo prazo que possam estimular o crescimento. É preciso também que o governo passe mais confiança aos investidores para que os dinheiros saem das reservas e entram nos investimentos. Dessa forma a economia caminhará mais sólida e firmada em estratégia consolidada.


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