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Diário da Amazônia

Sem Bolsonaro, o PSL não passaria “nem na cláusula de barreira”

Palácio recebe lista com nome de deputados do PSL que estão fechados com Bolsonaro

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Publicado: 10/10/2019 às 10h53min

Rachou de vez

O PSL, partido (por ora) do presidente Jair Bolsonaro, rachou de vez no Congresso Nacional após ele falar que o comandante da legenda, Luciano Bivar, está “queimado pra caramba”. Ontem, o Palácio recebeu lista com nome de quase 40 dos 53 deputados do PSL que estão fechados com Bolsonaro – e saem com ele assim que a ‘janela’ de verão permitir. A tensão é tão grande que, no fim do dia, a mando da cúpula do PSL, a deputada bolsonarista Alê Silva foi excluída da Comissão de Fiscalização e Tributação durante a sessão. Revoltada, desancou o partido: “Só quer dinheiro!”, e completou que, sem Bolsonaro, o PSL não passaria “nem na cláusula de barreira” da regra do TSE. Bivar não se pronunciou até o fechamento da Coluna.

Mais perto

É cada dia mais latente a ida de Bolsonaro – e um séquito de congressistas, deputados estaduais, prefeitos e vereadores – para o Partido Patriota.

Tão longe

Como o racha é notório, não há tempo para articulação. Opção de esperar a criação de um partido (ideia do bolsonarista Luciano Hang, da Havan) está descartada.

Famoso quem?

No site do PSL só existe um artigo de Bivar falando de Bolsonaro. Cita um capitão e parlamentar com 30 anos de exercício “jamais envolvido em corrupção”.

Cerco socialista

O que estava nas entrelinhas tornou-se transparente em Pernambuco. O secretário de Desenvolvimento Social e presidente do PSB estadual, Sileno Guedes, admite que tem cooptado vereadores e líderes dos 185 municípios para se filiarem ao partido socialista com vistas às eleições de 2022. O objetivo é manter o poder e não deixar espaços para a oposição. Hoje, o PSB tem 70 prefeitos e 43 vices no Estado berço da cúpula da legenda

Em baixa

A crise interna do PSL provocou estagnação no número de filiações à legenda nos últimos meses. Levantamento feito pela Coluna em dados do TSE mostra que, entre março e abril, começo da gestão Bolsonaro, houve um salto de 240.983 para 271.700 filiados ao partido que tem hoje a segunda maior bancada da Câmara.

Debandada

De abril a agosto, período no qual vieram à tona vários episódios da guerra interna no PSL, o número de filiados estacionou na faixa de 271 mil. Caso se confirme a saída de Bolsonaro, a tendência é de o partido perder deputados na Câmara e eleitores filiados.

Faroeste elegante

O ex-PGR Rodrigo Janot tem circulado com escolta de dois discretos agentes federais armados. O desafeto Gilmar Mendes, ministro do STF, também reforçou a segurança.

Cochilo

Deve-se a mais um cochilo do Governo no Senado a convocação do ministro Turismo, Marcelo Álvaro (PSL), para prestar esclarecimentos sobre o indiciamento pela Polícia Federal no caso das candidaturas ‘laranja’ em Minas. Senadores do PSL e governistas estavam ausentes da Comissão de Fiscalização e Transparência.

É pouco

Auditoria do Tribunal de Constas da União aponta escassez de pessoal para as atividades de fiscalização agropecuária federal do Ministério da Agricultura. Conforme o Plano de Defesa Agropecuária, auditado pelo TCU, o quadro atual é formado por cerca de 3 mil auditores-fiscais, 6 mil fiscais estaduais, além de 40 mil profissionais privados entre engenheiros agrônomos e médicos veterinários.

Brumadinho

O relatório da CPI da Câmara que apura o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) vai pedir o indiciamento da direção da mineradora e da TüvSüd, a consultoria responsável por atestar a segurança do empreendimento. Até agora foram identificadas 251 vítimas fatais do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão.

Em BH

A apresentação do parecer do relator, Rogério Correia (PT-MG), está prevista para o dia 29 de outubro e a votação para 5 de novembro. Outra CPI, da Assembleia Legislativa de Minas, que também investigou a tragédia, pediu o indiciamento de 11 funcionários da Vale, entre dirigentes e funcionários, e de dois auditores da TüvSüd.



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