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Editorial

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Publicado: 11/11/2019 às 08h54min

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Sem o julgamento de laranjas, partidos podem repetir o erro

Depois da decisão do TRE-PI (Tribunal Regional Eleitoral do Piauí) que julgou fraudes em cota de gênero de vereadores, com candidaturas..

Depois da decisão do TRE-PI (Tribunal Regional Eleitoral do Piauí) que julgou fraudes em cota de gênero de vereadores, com candidaturas ‘laranjas’, reascendeu em outros Estados a expectativa do andamento de processos semelhantes, ocorridos nas últimas eleições. Em Rondônia também tem processos em tramitação no TRE-RO, onde supostas fraudes ocorreram nas composições de chapas para as disputas para deputados federais e estaduais.

A Justiça eleitoral não divulga detalhes do andamento processual, alegando segredo de justiça, e isso tem criado expectativas e apreensões. É que, dependendo dos resultados dos julgamentos, poderá ocorrer mudanças nas composições de bancadas tanto na Câmara dos Deputados como na Assembleia Legislativa.

Não se trata apenas de redefinir as bancadas, mas esses julgamentos devem mudar os cuidados dos partidos com o cumprimento da cota de gênero. Criada para garantir espaço para as mulheres na política, a cota não é prioridade nas siplas que não trabalham a formação de base, servindo como escadas para eleições de candidaturas privilegiadas. Isso favore as legendas de aluguel, que são partidos nanicos, sem base consolidada que forma nominata conveniente para eleger um ou outro político de carreira.

Os partidos mais organizados e mais estruturados que trabalham a formação de base acabam levando desvantagem por conta das candidaturas laranjas que aparecem de repente somente para compor uma listagem em partidos de aluguel. Julgar essas causas também dará diretrizes para uma provável reforma política.


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