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Diário da Amazônia

Semusa intensifica ações de diagnóstico e combate à Aids em dezembro

O Dia Mundial de Combate à Aids, que acontece anualmente no dia 1 de dezembro, deu início à intensificação de ações realizadas pela..

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Publicado: 03/12/2014 às 17h02min | Atualizado 20/04/2015 às 06h24min

O Dia Mundial de Combate à Aids, que acontece anualmente no dia 1 de dezembro, deu início à intensificação de ações realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) na conscientização, acolhimento de pacientes e prevenção da aids em Porto Velho. A abertura do cronograma de ações aconteceu na segunda-feira (1), no auditório do Ministério Público Estadual, com a presença do secretário municipal adjunto de saúde, José Carlos Coutinho, da diretora da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Arlete Baldez, e da secretária municipal adjunta de educação, Josinéia Araújo.

De acordo com a enfermeira chefe da Divisão de DST/Aids da Semusa, Aldeane Monteiro, o mês é dedicado ao fortalecimento das orientações à população e estímulo à realização dos testes rápidos, que facilitam a detecção rápida do vírus HIV. Todas as unidades de saúde da capital oferecem o teste nos períodos da manhã e tarde e nos distritos haverão mutirões de testes rápidos para atingir o maior número possível de pessoas dessas localidades. O combate ao preconceito contra pacientes soropositivos também será priorizado durante as orientações à comunidade porto-velhense.

Durante o evento de abertura, a médica infectologista Andrea Barbieri explicou a importância de se ter o diagnóstico precoce: “Uma pessoa soropositiva, que tem o vírus da imunodeficiência humana (HIV), não é necessariamente portadora da Síndrome de Imunodeficiência Humana (Aids). A mesma pode viver anos sem nunca desenvolver a doença, mas, ainda assim, precisa de acompanhamento e tomar as medidas preventivas para não transmitir o vírus”.

Dados

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) demonstram que o número de novos casos notificados de Aids em Porto Velho em 2012 eram 253, em 2013 eram 319 e em 2014 estão em 243. No grupo de gestantes, a quantidade de pacientes com a doença foi de 30 em 2012, 40 em 2013 e 22 em 2014. Segundo Aldeane, é importante que todos façam os exames para verificar se há a presença do vírus HIV no sangue, pois muitas pessoas portam os vírus sem saber e acabam transmitindo-os a outras pessoas por não usarem preservativos. A enfermeira afirma ainda que em 2013 mais de 2 mil testes foram emitidos, já neste ano o número chega à média de 5 mil testes.

O procedimento realizado nos testes rápidos, que além do vírus HIV detecta também hepatites virais e sífilis, é simples e rápido (dura em média 30 minutos). Primeiramente é realizado um aconselhamento ao usuário antes do teste, com uma entrevista sobre seu modo de vida e os cuidados que ele deve tomar. Após isso é feita a coleta de sangue do dedo com a retirada de algumas gotas. Quinze minutos depois o profissional de saúde faz a análise e emite o laudo que é entregue e o usuário recebe mais algumas recomendações, como uso de preservativo. Em caso de resultado positivo para HIV, o paciente é direcionado ao Serviço de Atendimento Especializado (SAE) que fica anexo à Policlínica Rafael Vaz e Silva. Se uma das outras doenças for detectada, ele é encaminhado para a rede estadual.

Qualquer pessoa maior de idade pode fazer o teste, contudo existem perfis que merecem atenção especial: gestantes; pessoas que já tiveram alguma DST, tuberculose ou hepatites; pessoas que mantiveram relação sexual sem uso de preservativo e indivíduos que compartilharam seringas ou agulhas. No caso de gestantes soropositivas, há grandes chances do bebê nascer sem o vírus HIV se a mãe seguir rigorosamente o tratamento antirretroviral.



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