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Sete casos de toxoplasmose gestacional são registrados em RO

Aborto espontâneo, parto prematuro, má formação no feto, são consequências da doença.

Publicado: 04/04/2019 às 20h11

No primeiro trimestre de 2019 em Guajará-Mirim (RO), cidade distante a pouco mais de 330 quilômetros de Porto Velho, sete casos de toxoplasmose gestacional foram diagnosticados, segundo o Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Nuvepa).

Aborto espontâneo, parto prematuro e má formação no feto, são consequências da doença. A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário que é transmitido através das fezes de gatos e outros felinos, alimentos ou água contaminada.

Os casos de toxoplasmose são comuns entre mulheres durante a gravidez. Só no ano passado,13 mulheres foram diagnosticadas com o protozoário Toxoplasma Gondii, que é o causador da doença.

Segundo o levantamento realizado pelo Departamento de Epidemiologia da Nuvepa, em Guajará-Mirim, em 2016 foram registrados oito casos no município, nenhum em 2017 e 13 no ano passado. No primeiro trimestre de 2019, sete mulheres já foram diagnosticadas com a doença.

O protozoário da toxoplasmose também pode se hospedar em homens, e geralmente é sintomático, podendo causar febre, mal estar e dor de cabeça. Cerca de 1/3 da população brasileira já teve contato com o parasita, porém, a doença não se desenvolve, já que a maior parte das pessoas possuem resistência contra a doença.

Riscos à gravidez

Com imunidade reduzida durante a gestação, mulheres ficam vulneráveis a doença — Foto: Pixabay

Durante a gravidez a imunidade das mulheres reduz, e como consequência, ficam vulneráveis. Após o protozoário se hospedar na mulher grávida, a doença pode gerar problemas a saúde do feto, já que toxoplasmose congênita pode gerar má formação do bebê.

“A toxoplasmose gestacional possui diversas complicações como o aborto espontâneo, parto prematuro, má formação no feto, morte ao nascer e a criança pode nascer com poucos quilos, além disso, quando a doença passa para o feto ela pode causar espinha bífida, que é um deslocamento na coluna”, disse a especialista Elaine Ramos da Cruz.

Tratamento e prevenção

Após o diagnóstico da doença, a mulher é submetida a um tratamento que é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um médico fará a prescrição do medicamento e em seguida a paciente passará a tomar o remédio, que é fornecido pelo SUS.
O uso do medicamento é feito em um determinado período de tempo, que inicia no diagnóstico da toxoplasmose e segue após o parto.
Como a doença pode ser transmitida pelas fezes de felinos, água e alimentos que não foram higienizados. A recomendação é que gestantes evitem o contato com as fezes do animal, e façam sempre o cozimento do alimento.

Na tarde da última quinta-feira (3), profissionais da área de saúde de Guajará, participaram de uma formação de prevenção de toxoplasmose e outras doenças hídricas.
“O intuito desse projeto é trabalhar a prevenção e a promoção de saúde, em especial, nesse momento, com as gestantes. Vendo que o índice de toxoplasmose gestacional está alto no município”, disse Elaine Ramos da Cruz, Chefe do Departamento de Epidemiologia.

Por InfoRondônia

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