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Diário da Amazônia

Sindicatos decretam o fim da greve dos Correios

Trabalhadores voltam ao trabalho.

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Publicado: 23/09/2020 às 11h32min | Atualizado 23/09/2020 às 11h36min

Sindicatos decretam o fim da greve dos Correios e trabalhadores voltam ao trabalho após 35 dias de paralização

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) decretou nesta terça-feira (22) o fim da greve dos Correios. A decisão valeria a partir de ontem às 22h. A paralização acontecia desde o dia 17 de agosto.

Após a decisão judicial de terminar com a greve, a Fentect havia orientado a continuar com a greve. No entanto, após uma reunião com representantes dos sindicatos filiados, foi decidida a orientação aos funcionários a retornarem ao trabalho.

Apesar da decisão fim da greve, o sindicato afirma que o resultado não contempla a categoria e que causará empobrecimento dos trabalhadores por conta das cláusulas que refletem na folha de pagamento e em benefícios. Como aspecto positivo, foi mencionada a unidade formada pela classe trabalhadora.

“Diante disso, após uma análise profunda de todos os acontecimentos, a FENTECT acredita que a greve foi vitoriosa no sentido da construção da unidade da classe trabalhadora. Esse movimento, que aconteceu nesses últimos 35 dias, mostrou toda a força na organização dos trabalhadores e resistência aos ataques sistemáticos”, afirma.

Com relação à possível privatização da estatal, a Fentect afirma que seguirá firme contra essa possibilidade.

“sabemos que muitas lutas virão pela frente como a batalha contra a privatização dos Correios, que já está na ordem do dia. Por isso, este é um momento de reflexão, aglutinação, e sobretudo de recuperar todas as nossas forças para enfrentar as próximas lutas que estão por vir”, alega.

A decisão judicial nesta segunda-feira (21)

Nesta segunda-feira (21) o Tribunal Superior do Trabalho havia decretado o fim da greve, sob pena de multa em R$ 100 mil diariamente, caso fosse descumprida a ordem. Como decisão, foi alegado que a greve não foi abusiva e os funcionários teriam direito a metade do salário recompensado no tempo de paralização. A outra parte, no entanto, seria descontada.

O reajuste de aumento no salário em 2,6% foi aceito. Apesar disso, houve outras mudanças de diminuição dos benefícios. Exemplo disso é a redução da licença maternidade, que diminuiu de 180 dias para 120 dias. (FDR)



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