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Diário da Amazônia

Sob comando de Ciro Gomes, PDT- PSB se descolam do PT de Lula!

O objetivo primaz do encontro ocorrido em Brasília entre PSB da família Arraes e os menores PV e Rede Solidariedade é desvincular de vez..

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Publicado: 18/12/2019 às 17h19min | Atualizado 18/12/2019 às 17h20min

O objetivo primaz do encontro ocorrido em Brasília entre PSB da família Arraes e os menores PV e Rede Solidariedade é desvincular de vez da praga petista que contaminou a esquerda, segundo palavras da maior liderança de Centro-Esquerda, o pedetista Ciro Gomes que concorreu as eleições presidenciais em 2018 e ficou em terceiro lugar com 13 milhões e 344 mil votos.

O encontro foi postulado na sede nacional do PDT em Brasília e contou com ativa participação das lideranças dos partidos PDT, PSB, PV e Red.

  1. Descolar de Lula é o mote principal.

Ciro Gomes é o maior defensor de afastar qualquer vínculo com Lula ou com PT. Discurso ‘Lula Livre’ foi o motim do afastamento dos partidos que outrora caminhavam com PT nas gestões Lula e Dilma.

A insistência em colocar o Lula como liderança da esquerda na pauta de manifestações e eventos realizados em conjunto com outras forças políticas tem, algumas vezes, sido um obstáculo para que o PT participe de articulações para unificar a centro-esquerda como frente de oposição ao governo Bolsonaro. Isso fez com que Ciro Gomes conseguisse unificar em torno do PDT, partidos importantes que deixam de vez o PT de Lula, ou seja, o PSB, Rede e PV.

A massa da sociedade que se considera anti-bolsonarista ou anti-direitista não se vê representada em Lula. Não estou disposto a voltar a ser satélite de alguém que a gente já se desvinculou. Lula tem protagonismo político, mas vai liderar o PSOL e o PCdoB. Nós, não – salienta o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) que agora caminha no projeto do PDT de um bloco Centro-Esquerda.

  1. O PT terá de ter o seu próprio protagonismo.

As falas de Lula praticamente fecha as portas para a possibilidade de o PT ceder a outro partido o protagonismo no campo da esquerda nacional. Isso, somado ao aumento do cenário de polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro após o petista deixar a cadeia, abre espaço para a retomada de um questionamento: há espaço para as forças de esquerda no Brasil que não sejam Lula e o PT?

  1. PDT não quer conversa com PT e muito menos com Lula.

Lula tornou-se um dos principais temas das críticas de Ciro Gomes. Em entrevista recente ao jornal El País, o eterno presidenciável chamou Lula de “encantador de serpentes” e “enganador profissional”. Ciro disse ainda que não tem “mais nenhum apreço à figura política de Lula” e acrescentou que o ex-presidente está “cercado de bajuladores”

  1. No PSB, o discurso é de “refundação” e “união das forças democráticas”

Já no PSB, uma pauta em alta é a de tratar as próximas eleições nacionais como um assunto “do futuro”. O partido tem enfatizado a discussão de programas de governo e também um projeto de reestruturação interna, chamado de “autorreforma”.

“A crise política é a causa de todas as outras crises. Por isso nós queremos melhorar nosso partido e buscar a melhora do sistema político como um todo”, afirmou o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira.



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