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Editorial

coluna

Publicado: 04/06/2020 às 06h00min

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Somos 70% ganha força e teme infiltração de bolsonaristas

O governo sentiu o impacto das primeiras manifestações pela Democracia, iniciadas no último domingo e que vem espalhando pelo país. A..

O governo sentiu o impacto das primeiras manifestações pela Democracia, iniciadas no último domingo e que vem espalhando pelo país. A surpresa é que esperava atos organizados por partidos de esquerda, mas quem puxou a revolta contra o governo foram as torcidas organizadas, principalmente a Gaviões da Fiel, do Corinthians. Outro fato que gerou surpresa foi a capacidade de haver unidade entre as principais rivais em prol do objetivo de protestar contra o governo Bolsonaro.

Apesar da repressão policial que vem ocorrendo em todos os atos pela Democracia, a sociedade vem mostrando que não está satisfeita com os discursos totalitários e as ameaças lançadas pela boca do próprio presidente. Os atos das torcidas organizadas logo ganharam apoio de diversas instituições que ainda não foram às ruas, entre essas, os estudantes universitários que costumam puxar grande número de militantes. E tem outros grupos sociais insatisfeitos que logo devem estar nas ruas.

A pandemia do novo coronavirus ainda é fato inibidor para as manifestações mais volumosas. Mas se o governo insistir nas provocações é provável que o movimento pela Democracia aumente. A força da reação popular ganhou dimensão a ponto de Bolsonaro pedir aos aliados para que não saiam nas ruas no próximo domingo. O presidente vinha incentivando, inclusive com sua presença, os atos antidemocráticos de insultos às instituições, principalmente ao STF e Congresso Nacional.

De outro lado, os organizadores do Movimento pela Democracia temem que haja infiltrados nas próximas manifestações. O risco é de haver vandalismo e aumentar atenção nos atos públicos. Nesta semana aumentou também as campanhas virtuais contra o governo com frases como: Somos 70%, Antifascismo, Somos Pela Democracia e outros. A conduta popular vem sendo comparada ao da Diretas Já! (1984), que partiu da população e ganhou impulso com as instituições organizadas.


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